quinta-feira, 20 de junho de 2024

#Ao som do tiroliro

Porque me olhas desse jeito
com ares de superioridade
será que te levas tanto a peito
por te julgares uma raridade

Pois ficas sabendo ó humano

que de estranheza te vestes
da arrogância de que és ufano
será p’la mentira que te despes

Repara bem em mim e em ti
observa-me com olhar de gente
verás que contigo nada aprendi
a humildade de ti está ausente

Sabes, ó ser vulgar, insignificante
a passagem pela vida é tão fugaz
que torna petulância tão irritante
como a vaidade que te faz audaz

Informo que a ninguém me refiro
é um simples poema de suposição
escrevi-o ao som doce do tiroliro
pensando que saísse uma canção

José Carlos Moutinho
Portugal



terça-feira, 18 de junho de 2024

#Este tempo vazio

 
Escrevo, tantas vezes, palavras vazias
quando o silêncio é estado de espírito
porque as rimas e as estrofes tardias
soltam-se de mim, em lancinante grito

Palavras minhas aliadas imaginativas
jamais se afastam das minhas emoções
mostram-se em belas imagens criativas
com que eu, ousadamente, crio ilusões

Estarei, talvez, perdido em divagações
tentando imaginar um mundo diferente
mas, confesso, perante tantas situações
creio-nos cativos deste universo doente

Será que, perante anomalias aberrantes
seremos títeres alheios à nossa vontade
seres vis, sem alma, servos insignificantes
desta parafernália louca da actualidade?
 
Confundo-me num pensamento desvario
observo, impotente, a degradação humana
estamos ancorados a um viver tão vazio
que já acredito, a mais ninguém engana
 
José Carlos Moutinho
14/6/2024
 
Portugal

sexta-feira, 14 de junho de 2024

#Este tempo vazio

 Escrevo, tantas vezes, palavras vazias
quando o silêncio é estado de espírito
porque as rimas e as estrofes tardias
soltam-se de mim, em lancinante grito

Palavras minhas aliadas imaginativas
jamais se afastam das minhas emoções
mostram-se em belas imagens criativas
com que eu, ousadamente, crio ilusões

Estarei, talvez, perdido em divagações
tentando imaginar um mundo diferente
mas, confesso, perante tantas situações
creio-nos cativos deste universo doente

Será que, perante anomalias aberrantes
seremos títeres alheios à nossa vontade
seres vis, sem alma, servos insignificantes
desta parafernália louca da actualidade?
 
Confundo-me num pensamento desvario
observo, impotente, a degradação humana
estamos ancorados a um viver tão vazio
que já acredito, a mais ninguém engana
 
José Carlos Moutinho
14/6/2024
Portugal

segunda-feira, 10 de junho de 2024

#Homenagem ao poeta maior

 
Tivesse eu a genialidade dele
óbvio que é de Camões que eu falo
certamente sentiria na pele
o ardor do soneto que agora calo

Foi aventureiro, culto, assaz boémio
malandro, conquistador, atrevido
na corte jamais encontrava tédio
pela postura e seu jeito assumido

Grande é o orgulho da Pátria e de nós
povo de alma valente e sonhadora
navegadores em casca de nós

Ah, meu poeta maior de alma enorme
graças a ti a poesia é encantadora
com ela a cultura não passa fome
 

José Carlos Moutinho

10/6/2024

# 𝐀𝐛𝐫𝐚𝐜̧𝐨 𝐚 𝐯𝐨́𝐬


𝐐𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐚𝐦 𝐧𝐨 𝐯𝐞𝐧𝐭𝐨
𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐢𝐫𝐫𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚́𝐯𝐞𝐢𝐬
𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐡𝐚𝐣𝐚 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨
𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚́𝐯𝐞𝐢𝐬
𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐬𝐞𝐦 𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨
𝐞́ 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫 𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐚𝐬 𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚́𝐯𝐞𝐢𝐬
𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝟏𝟎/𝟔/𝟐𝟎𝟐𝟒
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#10 de Junho. Dia de Camões e das Comunidades

sábado, 8 de junho de 2024

#Bom dia, com poesia

 
Passeio meu olhar por meu redor
com olhos de ficar entusiasmado
penso porque existe ódio e amor,
se amor é muito mais descansado
 
Fico pasmado com tanta beleza
que por aqui o Universo plantou
não sei, francamente com certeza
se haverá alguém que nunca amou
 
José Carlos Moutinho 
8/6/2024

quinta-feira, 6 de junho de 2024

#A nobreza da quadra

 
Leve como brisa era seu pensamento,
ignorava em absoluto a maledicência
felicidade era seu melhor sentimento,
desconhecia falsidade na sua vivência

Talvez pareçam estranhos estes versos,
que eu acabei de perpassar para aqui
porque existem sentimentos adversos
fica, pois, a dúvida sobre o que escrevi

Sabemos que no mundo, os paradoxos
não são assim, fenómenos muito raros
há os displicentes e também ortodoxos
tal como existem altruístas e os avaros
 
E depois disto, não esqueçam a quadra
com a qual iniciei este pretenso poema
porque a vida é tão honesta como ladra
pois depende do momento ou do tema
 
José Carlos Moutinho
Portugal 
6/6/2024



segunda-feira, 3 de junho de 2024

#O Sol

 O Sol, alto, majestoso e ardente
reina lá no céu, com esplendor
é um coração de fogo pulsante
aquecendo a Terra com ardor

Nascente, desperta timidamente
pintando o horizonte de dourado
à medida que sobe, intensamente
seu calor envolve-nos, apaixonado

No distante zénite, brilha soberano
cegando os olhos que o contemplam
as sombras estendem-se, em profano
respeitando a luz que não se acanha

Ao entardecer, o Sol se despede
deixando o céu com tons laranja rosa
e a noite chega, sua chama não cede
ele renascerá, trazendo nova prosa
 
José Carlos Moutinho
Portugal

domingo, 2 de junho de 2024

#Poema à vida

Escrevo este poema à vida
e canto melodias em verso
numa forma intensa e sentida
como nunca existiu no Universo

Porque a vida me tem dado tudo
mais do que devo ter precisado,
por isso me sinto grande sortudo
por amar a vida e ser tão amado

Que posso, pois, desejar mais
se o meu tempo está garantido,
resta-me a viagem até ao cais
onde permanecerei agradecido

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 31 de maio de 2024

#ÁFRICA MINHA

#África minha

 Acredito que nas minhas veias
corre sangue quente, tropical
saudade sem quaisquer peias
oferece-me miragem musical

Talvez, quem sabe, por lá vivi,
em qualquer outra encarnação
digo somente que sempre senti,
por África uma grande emoção

Continente imenso de tanta cor
costumes e sons maravilhosos
o pôr do sol é pintado de fulgor
caminhos de terra esplendorosos
 

Continente de tantos contrastes
miséria confunde-se com fartura
carência que sobrevive com artes
numa eterna luta, que dura, dura

Ai, África minha de tanta saudade
foste minha casa colorida de vida
em Angola aprendi a ser verdade
com simplicidade de uma cantiga 

José Carlos Moutinho
Portugal
24/5/2024



segunda-feira, 27 de maio de 2024

# Riam, faz bem aos músculos do rosto

Um dia o silêncio encontrou o murmúrio
e perguntou-lhe a razão de falar baixinho
para iludir o murmúrio vestiu-se de espúrio
respondendo que assim mostrava carinho

O silêncio, claramente, não se convenceu
da resposta daquele murmúrio mentiroso
virando-lhe as costas chamou-lhe fariseu
e aconchegou-se no seu silêncio gostoso

Eu que estou em silêncio sem murmurar
deu-me para estas quadrinhas engendrar
não gostando fiquem em silêncio também
murmurem ou gritem chamem por alguém

José Carlos Moutinho
27/5/2024

#Depois…

Pelos braços das ilusões
voa-se por espaços desconhecidos,
por mares jamais navegados
e por caminhos intransponíveis, aos comuns mortais

Na suavidade dos seus braços,
as ilusões, por vezes vestidas de utopias,
murmuram brisas silenciosas
aos ouvidos adormecidos do sonho!
Ah, mas como é maravilhoso viajar assim,
pela serenidade etérea,
inventando mundos, mares e céus,
cavalgando imagens aladas,
criando mundos de fantasia…
 
Porém…
quando a mente desperta,
a realidade é diferente
porque se dissipam as ilusões,
com a mesma celeridade
que a areia escapa por entre dedos!
 
Depois…
esmorecem os voos,
anulam-se os mares,
obscurecem os céus,
imagens aladas deixam de cavalgar
e as brisas
fazem-se agitados ventos,
e se a felicidade se ausenta
a tempestade desencadeia inquietude!
 
José Carlos Moutinho
Portugal 
26/5/2024

domingo, 26 de maio de 2024

#DEPOIS...


 

#Meu Lugar, Meu Mundo

 

Nas asas do vento, eu voo,
em busca do meu lugar, do meu mundo,
onde o sol beije a terra e a lua sorria…
lá, onde os sonhos se tornem realidade.
 
Meu lugar é um abraço apertado,
onde o tempo se perde e a alma se encontra.
É o cheiro da terra molhada após a chuva,
o sussurro das folhas nas altivas árvores.
 
Meu mundo é feito de risos e lágrimas,
de histórias contadas ao redor da fogueira.
 
É o calor do amor e a força da amizade,
a dança das estrelas no céu nocturno.
 
No meu lugar, as montanhas tocam o céu,
e os rios cantam canções antigas.
 
Meu mundo é vasto e infinito,
um imenso oceano de possibilidades.
 
Então, eu continuo a voar,
com as asas do vento a impulsionar-me,
em busca do meu lugar, do meu mundo,
onde a vida floresça e os sonhos se realizem
 
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Maio/2024

sexta-feira, 24 de maio de 2024

# 𝓥𝓮𝓻𝓼𝓸𝓼 𝓪𝓸 𝓪𝓬𝓪𝓼𝓸

𝓠𝓾𝓲𝓶𝓮𝓻𝓪𝓼 𝓼ã𝓸 𝓲𝓵𝓾𝓼õ𝓮𝓼 𝓼𝓮𝓷𝓽𝓲𝓭𝓪𝓼
𝓹𝓸𝓻 𝓬𝓸𝓻𝓪çõ𝓮𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓲𝓭𝓸𝓼 𝓸𝓾 𝓪𝓾𝓼𝓮𝓷𝓽𝓮𝓼
𝓪 𝓿𝓲𝓭𝓪 é 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓪 𝓭𝓮 𝓼𝓲𝓽𝓾𝓪çõ𝓮𝓼 𝓿𝓲𝓿𝓲𝓭𝓪𝓼
𝓺𝓾𝓮 𝓷𝓪 𝓯𝓮𝓵𝓲𝓬𝓲𝓭𝓪𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓽ã𝓸 𝓹𝓻𝓮𝓼𝓮𝓷𝓽𝓮𝓼

𝓢𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻, 𝓹𝓸𝓻é𝓶, 𝓸 𝓪𝓫𝓻𝓪ç𝓸 𝓭𝓪 𝓾𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪
é 𝓪𝓬𝓸𝓷𝓬𝓱𝓮𝓰𝓸 à 𝓪𝓵𝓶𝓪 𝓮𝓷𝓽𝓻𝓲𝓼𝓽𝓮𝓬𝓲𝓭𝓪
𝓷ã𝓸 𝓯𝓪𝔃 𝓶𝓪𝓵 𝓪𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓭𝓪 𝓯𝓪𝓷𝓽𝓪𝓼𝓲𝓪
𝓿𝓲𝓿𝓪-𝓼𝓮, 𝓹𝓸𝓲𝓼, 𝓷𝓸 𝓼𝓸𝓷𝓱𝓸 𝓮 𝓷𝓪 𝓹𝓸𝓮𝓼𝓲𝓪.

𝓙𝓸𝓼é 𝓒𝓪𝓻𝓵𝓸𝓼 𝓜𝓸𝓾𝓽𝓲𝓷𝓱𝓸
𝟐𝟒/𝟓/𝟐𝟎𝟐𝟒

quinta-feira, 23 de maio de 2024

#Orvalho da Esperança

 

Sobre a pele, o orvalho desenha 
um quadro de gotas, brilho da manhã, 
cada uma, uma pérola pequena 
na tela do rosto, em arte sã 
 
Desperta a alma, com sua leveza, 
em cada gotícula, um novo começo, 
a natureza fala, com pura beleza, 
no orvalho, um abraço, eterno apreço
 
O sol surge, e as gotas reluzem, 
como diamantes, na luz do amanhecer, 
e assim, os sonhos, nos conduzem, 
por caminhos de orvalho, prontos a florescer 
 
O orvalho no rosto, lágrimas de alegria, 
da vida, o ciclo, em constante renovação, 
cada manhã traz sua própria magia, 
no orvalho, a esperança, e a inspiração
 

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 22 de maio de 2024

#ABRAÇO

ABRAÇO, palavra que rima com fracasso
nos caminhos onde estão sentimentos,
poderá ser muito longo ou até escasso
sentir real quando se veste fingimentos

E quando dois corpos se aconchegam
numa comunhão de prazer e/ou amor
poderá até ser o que amizades alegam
que ABRAÇO acontece com todo vigor
 

ABRAÇO esconde, por vezes desnuda
a emoção da hipocrisia ou da verdade
se o tal calor sentido jamais se gruda
no apertar com toque de cumplicidade

José Carlos Moutinho
22/5/2024


segunda-feira, 20 de maio de 2024

#Harmonia de vida

 

Na trama da vida, filosofia serena
Harmonia dança, leve e amena
Sentimentos brotam em rios, em fontes
Amizade floresce, nos vales e nos montes
 
A Natureza sussurra, pelo vento ou brisa
Em simbiose de paz, a alma se eterniza
 
Felicidade desabrocha, em cada gesto, cada olhar
Abraço da vida, onde há tempo para se amar
 
Entre folhas e sonhos, a amizade se tece
No tecido do tempo, amor jamais se esquece
 
A harmonia da vida, em cada passo, cada trilha
É o canto da terra, é a mais pura partilha
 
Sentimentos como rios, correm para o mar
Na filosofia da existência, aprendemos a navegar
 
Com a natureza por guia, e a amizade por perto
Encontramos a paz, desejo de um porto certo
 
Assim caminhamos, com a felicidade por bandeira
Na jornada da vida, a amizade é companheira
É na grande sinfonia, que o universo compõe
Na simplicidade que a verdadeira paz se impõe
 
José Carlos Moutinho 
Portugal



domingo, 19 de maio de 2024

#REDES SOCIAIS Conto

#Suspirar

Neste suspirar do dia a dia
e porque a vida é fantástica
fiz esta quadra sem mestria
em jeito de simples ginástica

Após aquela,(quadra) respirei fundo

fiz mais esta só porque quis
não foi um sentir profundo
foi, porém, pintado a verniz

José Carlos Moutinho
Maio/2024

#Recordando

𝗠𝘂𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝘀ã𝗼 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗱𝗲𝘀𝗱𝗲 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝟭𝟵𝟳𝟱, 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲𝗶𝘅á𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘁𝗿á𝘀, 𝗼 𝗹𝗼𝗰𝗮𝗹 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗲/𝗼𝘂 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗻𝗮𝘀𝗰𝗲𝗺𝗼𝘀, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗼𝘀 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗻𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝘂𝗮𝘀 𝗴𝗮𝗻â𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 𝗲 𝗮𝗺𝗯𝗶çõ𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺 𝗱𝗲𝘁𝗲𝗿𝗺𝗶𝗻𝗮𝗿𝗮𝗺.

𝗧𝗼𝗱𝗮𝘃𝗶𝗮, 𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗶𝗺𝗼𝘀 𝗻ó𝘀, 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝘂𝗱𝗲𝗿𝗮𝗺 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗿 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝗽𝗮𝗽𝗲𝗹 𝗱𝗼𝘀 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀, 𝗮𝘀 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗹á 𝗳𝗼𝗿𝗮𝗺 𝘃𝗶𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀, 𝗰𝗼𝗺 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲𝘇𝗮𝘀 𝗲 𝗮𝗹𝗲𝗴𝗿𝗶𝗮𝘀, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗮𝗹𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼 𝗹𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲, 𝘁𝗮𝗺𝗯é𝗺, 𝗵𝗮𝘃𝗶𝗮 𝘂𝗺 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗼 𝗺𝗶𝘀𝘁𝗶𝗰𝗶𝘀𝗺𝗼, 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗮𝘃𝗮 𝗮 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇𝗲𝘀. 𝗩𝗶𝘃í𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗻𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝘂𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗳𝗲𝗹𝗶𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗻ó𝘀, 𝘀𝗶𝗺𝗽𝗹𝗲𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗮𝗶𝘀, 𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝘃í𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗶𝗺𝗲𝗻𝘀𝗼 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿,vive𝗻𝗱𝗼.
𝗡𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝗰𝗮𝘀𝗼, 𝗳𝗮𝗹𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝘀𝗮𝘂𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗻𝗴𝗼𝗹𝗮.
𝗡ã𝗼, 𝗻ã𝗼 𝘀𝗼𝘂 𝗺𝗮𝘀𝗼𝗾𝘂𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗻𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗹𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿 𝗻𝗮 𝘁𝗼𝗿𝘁𝘂𝗿𝗮, 𝗺𝗮𝘀 𝘀𝗼𝘂, com 𝘁𝗼𝗱𝗮 𝗮 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗲𝘇𝗮 𝘂𝗺 𝘀𝗮𝘂𝗱𝗼𝘀𝗶𝘀𝘁𝗮 𝘀𝗮𝘂𝗱á𝘃𝗲𝗹, 𝗲 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗿𝗱𝗮𝗿 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼𝘀, imens𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗹𝗲𝗴𝗿𝗶𝗮, 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗶 𝗻𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀 𝘁𝗿𝗼𝗽𝗶𝗰𝗮𝗶𝘀.
𝗘𝘀𝘁𝗮 é 𝗮 𝗿𝗮𝘇ã𝗼 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗶 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀. 𝗦𝗶𝗺𝗽𝗹𝗲𝘀, 𝘀𝗲𝗺 𝗳𝗮𝗰𝗰𝗶𝗼𝘀𝗶𝘀𝗺𝗼𝘀, 𝗻𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲𝗻cias 𝗽𝗼𝗹í𝘁𝗶𝗰𝗮𝘀, 𝗺𝗮𝘀 sim, 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗻ó𝘀, 𝗳𝗼𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗿𝗼𝘁𝗮𝗴𝗼𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇𝗲𝘀!

𝗝𝗼𝘀é 𝗖𝗮𝗿𝗹𝗼𝘀 𝗠𝗼𝘂𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼



sexta-feira, 17 de maio de 2024

#O QUE TERIA ACONTECIDO

 O QUE TERIA ACONTECIDO
José Carlos Moutinho
Portugal.

Um certo dia falei com a lua
perguntei-lhe pelas estrelas
ela numa serenidade crua
respondeu estarem às janelas

Pode parecer conversa à toa
mas a verdade é a lua fala
aconteceu, vinha eu de Lisboa
e quando transpunha uma vala…
ouvi uma voz que vinha do alto
que dizia: vê lá se não tropeças
assustei-me parecia um assalto
parei, pois claro, para pedir meças

Afinal não era o susto, mas a lua
que me falava daquela maneira
a pensar fiquei ali no meio da rua
para comprovar se era brincadeira

Olhei pro céu que me pareceu rir
certamente a chamar-me louco
era meu direito tentar descobrir
o que de mim, assim fazia pouco

Pensativo, deixei-me entristecer
aquele fenómeno tão estranho
não era coisa para me acontecer
ainda mais vindo de céu tamanho

E lá fui eu, estrada fora para casa
intrigado com o que havia sucedido
deixei-me levar num golpe de asa
a pensar que tinha enlouquecido

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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