É na solidão que eu me
encontro
e me invento através do
silêncio
pelas palavras que descubro
dentro do meu sentir
e lhes falo docemente,
pintando-as no papel branco,
imaginando-as a mais bela
tela da minha emoção,
transformo o alvo papel em
paleta de múltiplas cores,
vou retirando uma a uma
delicadamente
e crio palavra após palavra
que se vão aconchegando
no meu anseio de poeta…
E as palavras tomam a forma
do meu querer,
rimam nos versos que vão
surgindo
como que por arte mágica
e fazem-se metáforas de
sentimentos,
agrupam-se em estrofes de
sensações
que bailam livres aos olhos
de quem as lê
e fazem delas o poema
dançado pela melodia
que lhes penetra fundo na
alma
e pensam seu, o poema
que eu acabei de criar e já
não é meu.
Observo a satisfação de quem
o leu
E sorrio, feliz e realizado
Por transmitir um sentimento
em mim latente, para o/a
leitor/a
o absorver com a ânsia do
seu coração.
José Carlos Moutinho