terça-feira, 28 de janeiro de 2020
Até podem rir...
Sinto frio,
não na alma
mas nos joelhos,
por vezes vem um arrepio
que me tira por completo a calma,
deixando-me de olhos tão vermelhos
que só me apetece partir
para algum lugar mais quente
onde eu me possa sentir
mais alegre e contente
antes que eu morra de frio
José Carlos Moutinho
28/1/2020
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Interrogações
..."Porque escreves tu ó louco,
se as tuas palavras são folhas ressequidas
e matizadas de anseios sem futuro?
E…não sei dar uma resposta
que me convença,
a, pelo menos, entender a razão desta obsessão
de tanto gostar das palavras,
e por tentar fazer-me seu amigo,
abraçando-as com o carinho do meu sentir,
colocando-a docemente na alvura do papel!
Só sei, francamente, que perco a noção da razão,
e nem sequer sei, se haverá alguma razão
que explique esta minha razão!
Mas…nesta leviana loucura,
sem respostas plausíveis,
esqueço o mundo, esqueço-me de mim,
e deixo-me levar neste impulso
desatinado pelos braços da escrita,
que, paradoxalmente,
me traz serenidade, encanto e felicidade
José Carlos Moutinho
26/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
domingo, 26 de janeiro de 2020
Deixarás de te queixar
Porque razão te queixas da vida
se te entregas a letargia da inconsciência?
Desperta, abre os braços ao mundo
e caminha de cabeça levantada,
olhar penetrando a distância,
peito arfante de anseios...
verás que tudo será diferente,
a universalidade conspirará a teu favor,
perderás essa tua constante vontade
de te queixares
José Carlos Moutinho
26/1/2020
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Não corras tanto
Tentas correr como o vento
porque és nervosa e inquieta,
mas se tiveres algum tempo
mostro-te uma maneira certa
Digo-te que a vida é muito boa
basta saber vivê-la com calma
mesmo que, louca andes à toa,
poderás sentir alegria na alma
Mas se não ouvires o que te digo
nada mais tenho a dizer, mulher
acrescento que ficarás de castigo
sem te falar até quando eu quiser
José Carlos Moutinho
24/1/2020
Calo-me
Calo a minha voz inquieta
para que não ouçam
o meu grito de raiva
perante o que vou assistindo
nesta sociedade em que vivo!
Calo-me porque a minha voz
não tem força suficiente
para amordaçar esta sociedade
que chafurda na lama da indignidade
e se vangloria pela ausência
absoluta de vergonha!
Calo-me...
porque a minha humildade
e honra,
não têm eco nesta elite corrupta
que desfila impune e arrogante
pela passarelle da vida
José Carlos Moutinho
24/1/2020
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Foram...
Foram prosas, foram versos
que o tempo cantou,
foram amores tão diversos
que a memória lembrou,
Foram paixões assolapadas
que o tempo abraçou,
foram loucas madrugadas
que o vento levou
José Carlos Moutinho
23/1/2020
Tempo controlador
Perdi a noção do tempo…
por mim já esvoaçaram
muitas folhas pintadas de instantes,
desencontraram-se minutos do meu tempo
acomodados nas horas sonolentas,
passaram-me brisas e ventos,
luares e madrugadas,
paixões e amores,
encontros e desencontros,
vertigens e anseios,
acalmias e abraços!
Por isso, perdi a noção do tempo,
deste tempo que me contabiliza
as tardes cansadas pelas dores
e grita as mágoas sofridas!
Perdi a noção do tempo
e nem sequer me interessa
a razão porque a perdi,
só sei que o tempo é controlador obsessivo,
impávido, frio e displicente
José Carlos Moutinho
21/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Se...
Se és carta perdida
nos caminhos do vento,
porque razão te escrevo eu,
além de perder o meu tempo?
Talvez, um dia, quando mudares
e tiveres nas minhas palavras, interesse,
volte a escrever-te se, apesar dos pesares
eu continuar a considerar-te sem sentir stress
José Carlos Moutinho
22/1/2020
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Murmúrio
Sinto no peito um suave murmúrio,
será do vento ou talvez da brisa,
olho em meu redor,
somente vejo o que a minha imaginação inventa,
nada mais que isso,
e, como se eu flutuasse
vejo-me sentado no patamar das ilusões,
pensando em tudo e em nada,
como se minha mente
viajasse por lugar remoto,
talvez perdida,
mas, ansiosa por esquecer este mundo material,
e tentasse encontrar um outro espaço
incolor e volátil,
que, certamente, no firmamento
a esperaria
José Carlos Moutinho
17/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Escrevo sim...
Gosto de escrever
simplesmente, sem preconceitos,
se ao lerem, gostam ou não
o problema a existir não me pertence,
claro que minha escrita tem defeitos
que irão, talvez, além da minha emoção,
obviamente que há quem pense
que eu não terei nenhuma razão...
ainda que eu escreva por teimosia
que nem será pertença da poesia,
mas como acima mencionei
escrevo com paixão, porém, eu sei
que por muito bem que eu escreva
há sempre alguém que não releva,
Assim, escrevo como quem caminha,
libertando da alma, meus sentimentos,
e esta emoção imensa que é só minha
diz-me que devo escrever sem lamentos
Apesar de eu não escrever para mim
mas sim, para quem gostar de me ler,
são esses que me fazem sentir assim,
premente anseio e paixão por escrever
José Carlos Moutinho
20/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
domingo, 19 de janeiro de 2020
Versos ao acaso
Calem-se as vozes da intriga
escutem-se os sons da verdade
a realidade deve ser bem sentida
se pensarmos no valor da amizade
José Carlos Moutinho
19/1/2020
Poema à vida
Escrevo este poema à vida
e canto melodias em verso
numa forma intensa e sentida
como nunca existiu no Universo
Porque a vida me tem dado tudo
mais do que devo ter precisado,
por isso me sinto grande sortudo
por amar a vida e ser tão amado
Que posso, pois, desejar mais
se o meu tempo está garantido,
resta-me a viagem até ao cais
onde permanecerei agradecido
José Carlos Moutinho
19/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
sábado, 18 de janeiro de 2020
Pensamento ou diálogo louco
Olho o céu, escuto as nuvens
que, silenciosas, nada me dizem,
estarei eu surdo
ou as nuvens realmente não falam,
então, contrariado, olho profundamente o mar,
que através de uma onda me murmura,
senta-te aqui ao pé de mim,
vamos conversar, sentindo o meu perfume
que tanto aprecias,
a minha intensa maresia
e eu sentei-me e conversei...
José Carlos Moutinho
18/1/2020
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Do poeta
Será o poeta, realmente um mentiroso, enganador,
ou será que o poeta se engana a si próprio?
Pois é uma pergunta
para a qual não encontro resposta,
acredito que possam ser as duas situações,
dependendo do momento,
do seu estado de espírito
e/ou da aceitação
que o leitor dá ao poema!
Se o poeta escrever que morre por amor,
será, certamente, um grande mentiroso,
mas se argumentar que toda a sua escrita
é pintada sem sentimento,
obviamente, que se engana a si próprio!
Logo, o poeta é um criador de utopias,
um viajante por mares de sentimento,
que garante ver miragens, sem deserto,
jura que o luar tem a cor do sol,
e que as brisas são bênçãos dos deuses,
pois servem para acariciar paixões
nas noites de Estio!
Ah...poeta que te inventas em cada estrofe,
te deleitas no sentir das metáforas
e te apaixonas pelas palavras
de um modo incontrolável,
quase doentio,
serás um ser diferente…
José Carlos Moutinho
15/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
A FORÇA DE AMAR - Romance
A FORÇA DE AMAR
Amigos ainda tenho alguns exemplares da 3ª edição, deste romance, não penso mandar fazer mais. Que acham da ideia de me pedirem para eu despachar o stock?
Terão oportunidade de ler um romance interessante, mesmo não sendo de nenhum famoso, e segundo a opinião de quem o adquiriu é positiva, e eu fico profundamente grato.
Pensem nisso...
Grave problema
Estou com um grave problema,
então não é que, diariamente,
tenho de escrever qualquer tema
como se eu estivesse bem doente?
Chego ao computador e, de imediato
dá-me forte vontade de escrever,
até acho que pareço um gaiato
com este louco e obcecado prazer
Experimentei parar por um tempo
pois sabem o que me aconteceu?
Senti uma urticária pelo alheamento
que me levou a falar com Dr. Abreu
E o que me disse o médico foi isto:
que esta doença depois que pega
jamais se cura e é como o marisco
provoca uma alergia total e cega
Confesso que me assustei um pouco
com o que o Dr Abreu me fez saber
este grande problema, quase louco
será muito, mas muito difícil resolver
Assim, se puderem digam o que fazer
será que sempre vou ter esta doença?
Sei que um dia ela vai desaparecer
agora, aceito-a como uma sentença
José Carlos Moutinho
13/1/2020
domingo, 12 de janeiro de 2020
Saudosismo
Sou saudosista sim, qual o problema
tenho saudades do passado, pois,
da minha infância feliz sem dilema
as tristezas ficavam pra depois,
Gosto de recordar o que foi bom
mesmo sabendo que nada retorna,
e porque tenho na escrita um dom
uso-o no tempo da minha reforma,
Mostro a todos esta minha saudade
embora, talvez, ninguém se interesse,
comigo, porém, fica esta verdade
Já agora, permitam-me, gostaria
que o tempo de outrora me recebesse
por um ano, um mês, talvez um dia…
José Carlos Moutinho
12/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
sábado, 11 de janeiro de 2020
Teimas, pensamento
Porque teimas tu ó pensamento
em viajar pelo longe
que de mim se faz dor,
e recordar-me a linha do horizonte
dos meus encantamentos,
se eu, aqui, nesta nostalgia sentida,
que a cada dia me visita
não consigo mitigar?
Será que o fazes para me castigar
ou porque também tu, ó pensamento,
sentes o mesmo que eu,
e para não sofreres sozinho,
levas-me na tua canoa de saudades?
Se assim é, pensamento,
demo-nos as mãos,
vamos por aí, seguindo o teu desejo
revisitar lugares antes percorridos
e perfumados por acácias e mangas,
maresia e terra molhada,
sentir o calor da vida,
e deliciarmos os olhares nas belas cores
que nos são oferecidas
pela beleza da flora daquele paraíso!
Mas, se me visitas, ó pensamento,
para me torturar,
peço-te, de coração, que não o faças,
deixa que o tempo se perca no esquecimento,
pois a distância entre o longe e o aqui,
é um imenso mar que nos separa,
um tempo que se alterou,
e um sentir que se amotinou!
Traz-me outras memórias, ó pensamento,
ou então, simplesmente,
senta-te ao meu lado, quieto e silencioso,
e, assim, os dois juntos, contemplemos o presente,
pensemos no advir
sem esquecermos o passado.
José Carlos Moutinho
6/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Deixem-me pensar
Deixem-me fingir e sentir que sou poeta,
mesmo que não gostem da minha quimera,
embora possam pensar que é uma treta
eu escrevo, no verão, inverno ou primavera,
e para me deixar pensar nesta fantasia
vou inventando estrofes pintadas de amor,
se não for grande obra, será talvez poesia
navegada em anseios de grande fulgor,
portanto, deixem-me, amigos ou não
vestir-me de criador do poema vadio,
creiam que o faço com toda a emoção,
talvez alegre algum sentimento vazio
José Carlos Moutinho
10/1/2020
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
Ver esta publicação no InstagramUma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a