segunda-feira, 20 de novembro de 2023

# Sei lá eu?!

Sei lá porque ouço o uivar do vento
em dias de acalmia sonolenta,
será por tristeza ou receoso sentimento,
talvez seja porque já ninguém aguenta
este dorido soluçar de tanto lamento
que vai acontecendo em causa barulhenta
pelos gritos das armas, triste acontecimento
nas estupidas guerras que a tantos afugenta
e que a outros mata sem arrependimento
oh, triste mundo de humanidade violenta!

Que a paz não seja uma miragem

neste triste tempo em que vivemos
chega de fazer das guerras, imagem
de sofrer, esta é única vida que temos

José Carlos Moutinho
20/11/2023

#Ser ou não ser

Ser ou não ser

Ser chamado de poeta e não ser
que valor isso terá para o mundo
talvez nenhum, a arte de escrever
é um sentimento assaz profundo
não é o título que poderá parecer
ser poeta não se faz num segundo
e só será classificado após morrer

José Carlos Moutinho
20/11/2023

domingo, 19 de novembro de 2023

#FELIZES SÃO OS POETAS

#Felizes são os poetas

 Felizes são os poetas
 
Metáfora será, talvez, o sorriso da realidade
espelhado nos versos da verdade
que, em rimas floridas,
brotam dos jardins das estrofes
 
O poema é um viajar pelas emoções,
umas vezes exaltadas,
outras, inquietas
por suspiros transformados em palavras
 
Há, quase sempre, no escrever,
uma ânsia exacerbada
na criação da prosa ou poema,
para que obtenha a elevação
da obra tecida, com emoção
na esperança da glória,
com que a essência do seu criador,
sentirá realização
 
Todos os elementos da natureza
convergem para o encantamento
do viver a vida, com alegria,
porém, nem sempre é verosímil,
porque a tristeza,
tantas vezes,
cerca a felicidade
 
A vida é uma longa e complexa peça teatral
cujos interpretes somos nós,
meros passageiros do comboio
que, autónomo, nos leva,
pelos campos do tempo
 
Viver, pois, é felicidade
escrever poesia é emoção da vida
pela simplicidade das palavras
 
Felizes são os poetas
que têm o dom de construir essa felicidade
sobre as pedras do infortúnio
ou do desamor
 
José Carlos Moutinho
19/11/2023

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

#Este mundo nosso

 

Estava eu aqui sentado a pensar
a razão das guerras no mundo
após discernir e tanto analisar
concluí, célere, num segundo
 
Arrogância, prepotência, quiçá
serão, pois os factores principais
juntando insensibilidade que há
à estupidez ausente em animais
 
Ganância megalómana existente
mentes de humanos improváveis
o sentimento de amor é absente
desejos de grandeza deploráveis
 
Assim está este nosso Universo
cada vez mais em decadência
ambiente em discernir perverso
a vida humana em dependência
 
Aqui estou, perdido, sem soluções
a ver este nosso planeta e o povo
morrendo às mãos dos aldrabões
talvez um milagre traga algo novo
 
E a política que tudo movimenta
está perdida em absoluto desatino
até quando humanidade aguenta
esta imbecilidade de tanto cretino
 
José Carlos Moutinho

16/11/2023

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

#Outono, o poema

 

Dizem que Outono é nostalgia
folhas matizadas, romantismo
que mudança de cor é a alegria
creio que, todavia, será exotismo
 
Confesso fascínio pelo Outono
quando em dias de sol luzente
entrego-me em total abandono
à emoção que meu coração sente
 
Fecho os olhos imagino uma tela
de cores belas e multifacetadas
brisa fria, fragrância de canela
bucólicas árvores, lindas ramadas
 
Foi depois do Verão que chegou
Outono que a tantos desagrada
mas em mim, simplesmente ficou
quadro de prazer, minha alvorada
 
José Carlos Moutinho
15/11/2023




#Porque se aproxima o Natal...

 


terça-feira, 14 de novembro de 2023

#Perguntas-me

𝗣𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗮𝘀-𝗺𝗲

𝗣𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗮𝘀-𝗺𝗲 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃o 𝗲𝘂
𝗲 𝗲𝘂 𝘀𝗲𝗺 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗿 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗼𝗻𝗱𝗲𝗿
𝘁𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝗮 𝗹𝗼𝘂𝗰𝘂𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗺𝗲𝘁𝗲𝘂
𝗽𝗼𝗶𝘀, 𝗳𝗿𝗮𝗻𝗰𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗻ã𝗼 𝘁𝗲 𝘀𝗲𝗶 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗿

𝗙𝗼𝗶 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗿
𝘁𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝘀𝘀𝗲, 𝗻𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲
𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰𝗲𝗶 𝘂𝗺 𝗱𝗶𝗮 𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿
𝗲𝗿𝗮 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗷𝗼𝘃𝗲𝗺 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗮 𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲

𝗦𝗲𝗿𝗶𝗮𝗺 𝗽𝗼𝗲𝗺𝗮𝘀 𝗼𝘂 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 𝗻𝗲𝗻𝗵𝘂𝗺𝗮
𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗶𝗮 𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗼 𝗮𝗹𝘃𝗼 𝗽𝗮𝗽𝗲𝗹
𝗽𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮, 𝗽𝗿𝗼𝘀𝗮 𝗼𝘂 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗲𝘀𝗽𝘂𝗺𝗮
𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗺𝗲 𝘁𝗿𝗮𝘇𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝘁𝗿𝗼𝗽𝗲𝗹

𝗡ã𝗼 𝘀𝗲𝗶, 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗳𝗲𝘇-𝗺𝗲 𝗮𝗰𝗿𝗲𝗱𝗶𝘁𝗮𝗿
𝗷𝗮𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰𝗲𝗿𝗲𝗶 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼
𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗿𝗮çã𝗼 𝗻𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗮𝗿𝗳𝗮𝗿
𝘀𝘂𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗽𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮 𝗮 𝘁𝗼𝗱𝗼 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼

𝗘𝘀𝗽𝗲𝗿𝗼 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝘁𝗲𝗿-𝘁𝗲 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗼𝗻𝗱𝗶𝗱𝗼
𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗺𝗶𝘇𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝘂𝗺 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗮ç𝗼
𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼𝘀 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺 𝘀𝗲𝗿𝘃𝗶𝗱𝗼
𝗰𝗿ê, 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗶𝗿 𝘀𝗲𝗿á 𝗹𝗮𝘀𝘀𝗼

𝗝𝗼𝘀é 𝗖𝗮𝗿𝗹𝗼𝘀 𝗠𝗼𝘂𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼
𝟭𝟰/𝟭𝟭/𝟮𝟬𝟮𝟯

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

#𝙉𝙖𝙙𝙖 𝙨𝙪𝙧𝙜𝙞𝙖

 

𝙌𝙪𝙚𝙧𝙞𝙖 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙪𝙢 𝙥𝙤𝙚𝙢𝙖,
𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙞, 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙞 𝙚 𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙖𝙥𝙖𝙧𝙚𝙘𝙞𝙖
𝙖𝙨 𝙡𝙚𝙩𝙧𝙖𝙨 𝙣ã𝙤 𝙚𝙭𝙞𝙗𝙞𝙖𝙢 𝙣𝙚𝙣𝙝𝙪𝙢 𝙩𝙚𝙢𝙖,
𝙚 𝙚𝙪 𝙖 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖𝙧 𝙛𝙖𝙯𝙚𝙧 𝙪𝙢𝙖 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖...
 
𝙀𝙣𝙩ã𝙤, c𝙖𝙡𝙢𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙖𝙨𝙨𝙞𝙢 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙚𝙞
𝙨𝙚 𝙖𝙨 𝙡𝙚𝙩𝙧𝙖𝙨 𝙨𝙚 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙚𝙢 𝙚𝙢𝙗𝙖𝙧𝙖𝙡𝙝𝙖𝙧
é 𝙥𝙤𝙧𝙦𝙪𝙚, 𝙘𝙚𝙧𝙩𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚𝙪 𝙣ã𝙤 𝙨𝙚𝙞
𝙪𝙢 𝙫𝙚𝙧𝙨𝙤 𝙤𝙪 𝙪𝙢 𝙥𝙤𝙚𝙢𝙖 𝙞𝙣𝙫𝙚𝙣𝙩𝙖𝙧
 
𝘼𝙘𝙧𝙚 𝙙𝙞𝙩𝙚𝙢, 𝙩𝙚𝙣𝙩𝙚𝙞 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙪𝙢𝙖 𝙫𝙚𝙯
𝙨𝙞𝙣𝙘𝙚𝙧𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙙𝙚 𝙟𝙚𝙞𝙩𝙤 𝙨𝙪𝙧𝙜𝙞𝙪
𝙖𝙞𝙣𝙙𝙖 𝙞𝙣𝙨𝙞𝙨𝙩𝙞 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙤𝙪 𝙩𝙧ê𝙨
𝙤 𝙧𝙚𝙨𝙪𝙡𝙩𝙖𝙙𝙤 é 𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙦𝙪𝙞 𝙨𝙚 𝙫𝙞𝙪
 
𝙅𝙤𝙨é 𝘾𝙖𝙧𝙡𝙤𝙨 𝙈𝙤𝙪𝙩𝙞𝙣𝙝𝙤 
13/11 /2023

#𝗔𝗟𝗗𝗘𝗜𝗔 𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔Í𝗦𝗢, 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲

 


domingo, 12 de novembro de 2023

#Livros com saudade

 Tanto se escreveu e se escreve sobre Angola.
Eu, que tenho aquela "terra" no coração, escrevi vivências de todos nós, por aqueles encantados lugares, de uma maneira singela e de modo ficcionado, se bem que esta ficção, tantas vezes roça a realidade. Eu, que muito viajei por aquele país e conheço tanto de tantos lugares, coloquei no papel, que abraçam os meus livros, são a felicidade da minha alma. As minhas saudades jamais esmoreceram. Não pretendo com os meus livros, sobre Angola, mencionar tristezas, mas sim alegrias e muitos dos instantes de felicidade vividos por todos nós. Assim, os meus romances, são alegria no recordar o passado.
Leiam-me. Peçam-me. Enviá-los-ei
2 romances e 1 de poesia.



#Quadras com humor

 BOM DIA, gente deste mundo

Quadras com humor ou não,
só porque é domingo

Houve um tempo que não seria o meu
nem sei se alguma vez ele me pertenceu
sei, porém, que viver somente aconteceu
já que ao meu pai e minha mãe apeteceu

E por aqui andamos nós, todos viventes
neste viajar pelas ruas da vida e atalhos
uns tristes, outros, quiçá, mais contentes
desejando uma vida feliz e não de retalhos
 
José Carlos Moutinho
12/11/2023

sábado, 11 de novembro de 2023

#Romances com Angola no coração

 Dois romances que contam histórias de quem em Angola viveu.

Ficção vestida de muita realidade...

Peçam-me se vos interessar...





#Sessenta seis anos passaram

 

Parti da minha terra, tão menino
imaginem há sessenta e seis anos
naquele 11 de novembro sibilino
ignorando se iria sofrer de danos
 
Minha aldeia ocultou-se de mim
mal entrei naquele enorme navio
saí, pois, do meu pequeno jardim
para enfrentar talvez, mar bravio
 
Somente 13 anos tinha de idade
viajaria só num Quanza já antigo
minha mãe, chorava de verdade
naquele cais tão frio feito testigo
 
Ficava lá tão longe o meu destino
a África, para mim, desconhecida
em Angola onde eu tomei quinino
encontrei terra linda e muito querida
 
Foi fantástica a minha viagem,
na África maravilhosa onde vivi
de felicidade fiz toda a bagagem
também de saudade eu já senti
 
Agora aqui recordo com saudade
aquele outro tempo inolvidável
confesso com toda a sinceridade
esta minha verdade insofismável
 
José Carlos Moutinho 
11/11/2023




quarta-feira, 1 de novembro de 2023

#Continuou o seu caminhar

 

Caminha descalço de mágoas
pelos atalhos floridos dos seus anseios,
com os pés castigados, que, pelo tempo
se vão fortalecendo para novas caminhadas…
 
Olha em frente de olhos fixos no amanhã,
evita as ventanias que lhe sopram enviesadas
abrigando-se por detrás das árvores da bonomia
e quando os ventos se fizerem bonança
volta a caminhar mais afoito…
 
O sol que da alvorada se desprendeu
mostra-lhe campos verdejantes de esperança,
onde os seus cintilantes raios
se plantam no chão onde ele passará…
 
Há em cada melodia das aves
que em sua volta chilreiam,
um renovar de ânimo
que o leva a sonhar miragens
de mares e luares e de sorrisos e abraços…
De um imaginário mundo, vibrante de felicidade
onde todos os seres se congratulam com a vida!
 
Oh…Deus que sonhar tão maravilhoso…
de uma fracção do seu tempo
em que ele se fechou em si
e viu tudo… do que não existe.
 
Continuou desalentado, o seu caminhar…
 

José Carlos Moutinho

domingo, 29 de outubro de 2023

#ABRAÇO

#Dois romances e umde poesia

 

Vivências de Angola nestes dois romances ficcionados
e poemas alusivos aquela maravilhosa terra, neste livro de poesia


# Existe um coração


Existe no Universo um coração
onde o meu sangue se regenera
que, sereno, bate no meu peito
num incansável tic-tac
de felicidade,
 
tal como o tic-tac
do relógio da minha sala
que canta sonhos
num tic-tac
de melodiosas odes ao silêncio!
 
Nas minhas veias
correm metáforas de pétalas
em caudaloso perfume de rosas,
que, suavemente, deslizam
pelo leito da minha criatividade!
 
As minhas mãos
são a força de mim
serão sempre elas que constroem o meu mundo
em castelos de emoções,
 
as minhas mãos…
ah…as minhas queridas mãos,
através das doces palavras
inventam rios e mares
edificam a paz e o amor
mas, também, podem descrever a guerra,
todavia, nelas existem traços de vida
indicativos de que conseguem,
principal e carinhosamente, colorir o bem,
por vezes até, sabem pintar o mal
se o poema assim o exigir!
 
Pela minha mente
vagueiam, livres, pensamentos
imbuídos de vontades e frustrações
criando o tudo e o nada,
o muito e o pouco
o amor e a paz,
como também, desilusão e mágoa
numa simbiose de paixão, ilusão e…
realidade!
 
José Carlos Moutinho    
28/10/2023

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

#Chuva molhava-me o rosto

 

Caminhei lentamente pela rua
e a chuva molhava-me o rosto
aquelas gotas não eram da lua
nem sequer era mês de agosto
 
Verdade que me refrescava
com aquela miúda chuvinha
enquanto seguia, imaginava
se poderia criar o poeminha
 
Mal a casa cheguei, molhado
peguei no meu velho secador
e para evitar ficar constipado
a roupa sequei, usando vigor
 
Só então, sequinho e fresco
escrevi o que agora aparece
talvez pareça, certo arabesco
e fi-lo só porque me apetece
 
Porque sou um livre pensador
que com a rima invento nada
num airoso voar de beija-flor
deixo a poesia, quiçá, alienada
 
José Carlos Moutinho 
27/10/2023

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

#Vida, palavra curta

 

Vida, palavra curta e tão imensa
nela há todo um mundo de mistério
de maneira displicente ou intensa
há que a saber viver com critério
 
Vida encerra em si tanto de teatro
com todo o tipo de melodramas
sejam alegres, tristes, é um facto
no palco vive-se quaisquer tramas
 
Há que se ser herói p’ra viver
quando a caminhada é complicada
para a vencer jamais se deter
 
Existe também a dignidade
felicidade é obtida do nada
basta que se viva com verdade
 
José Carlos Moutinho
26/10/2023

 

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

#Nessa tarde de verão

 

Seguia pelo jardim, logo a vi
vestia linda blusa cor de rosa
juro que nem sei o que senti
ao vê-la caminhar tão airosa
 
Fascinaram-me as suas curvas
ocultas por uma saia branca
eis que fiquei de ideias turvas
a pensar estar com uma panca
 
Sandálias vermelhas nos pés
uma carteira laranja na mão
um lindo sorriso de lés a lés
nessa tarde quente de verão,
 
e lá ia ela, a tudo, indiferente
eu, ia-a seguindo, encantado,
senti-me animado e contente
admirando seu andar gingado
 
E findou esta história da musa
que me inspirou neste poema
ficou lembrança da linda blusa
ah…das curvas criei este tema
 
José Carlos Moutinho
25/10/2023
 


 

terça-feira, 24 de outubro de 2023

#Estava à janela

 

Ouvi-a cantar certo dia
estava ela na sua janela
sua bela voz era alegria
eu fiquei a olhar pra ela

Concentrada não me via
e ali fiquei eu encantado
juro que eu até gostaria
ficar por ela apaixonado
 
Mas, oh, sorte ela olhou
pareceu-me indiferente
e nem um sorriso deixou
fiquei muito descontente
 
Olhava a rua, não cantava
mas da janela ela não saiu
convenci-me que esperava
eu dizer-lhe que me atraiu
 
José Carlos Moutinho
24/10/2023





segunda-feira, 23 de outubro de 2023

#Queria recordar

 

Queria recordar tudo o que vivi,
não as coisas menos boas,
mas sim aquelas que foram importantes,
que me ficaram aconchegadas na alma!
 
Queria recordar aqueles dias frios,
onde me aquecia,
junto de quem tinha o coração quente!
 
Porém, o tempo voou,
as lembranças metamorfosearam-se em bruma,
os pensamentos esmoreceram
nas horas cansadas pelos anos!
 
Há momentos em que uma luz
se acende dentro de mim,
iluminando memórias, que teimam, obsessivas,
em lembrar-me aquelas noites de fascínio,
passadas nos braços da paixão,
 
e eu revivo, alegremente,
como se o tempo recuasse
mergulhando num vórtice de sonho,
e esquecesse esta passagem fugaz
 
Mas…por muito que me deixe levar
por estes pensamentos em devaneio,
sempre desperto…
e algo me diz, para deixar de sonhar
e viver o momento,
este preciso momento,
em que crio estas palavras coloridas,
adornadas pela alvura de nuvens da imaginação
e perfumadas pela maresia da saudade.
 
José Carlos Moutinho 
23/10/2023

domingo, 22 de outubro de 2023

# Houve um tempo

Houve um tempo nosso
Era o tempo assaz vadio
agora já não sei se posso
manter este sentir vazio 

Era um tempo de ilusão
com o fulgor dos tempos
numa corrida de emoção
de imensos sentimentos
 
O tempo deve ser ingrato
afirma que existe um fim
realmente o mais caricato
isso fez o tempo de mim

E aqui ando eu ao sabor
do tempo de tempo meu
algumas vezes com vigor
outras, simplesmente, eu
 
 José Carlos Moutinho
22/10/2023



sábado, 21 de outubro de 2023

#Não há paz

 

No abraço com o silêncio, penso
nos conflitos deste louco mundo
nestas palavras que eu condenso
a inquietude dum sentir profundo
 
Assim tem sido desde antigamente
a paz tem sido perturbada sempre
há sempre um louco entre a gente
que crê que ser assim é ser crente
 
Valha-nos quem desse poder tiver
seja Deus, governantes ou o vento
assim como vai é impossível viver
como está é difícil viver a contento
 
É por terra ou por alguma religião
que a ganância ou a verdade grita
já não sentem a alegria do coração
quando a palavra dita fica não dita
 
José Carlos Moutinho 
21/10/2023

#OFUSCADAS EMOÇÕES (Vídeo) in Sonho ou Ilusão


 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

#Agora na 5ª edição


 

# 𝐂𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢 𝐧𝐮𝐦 𝐝𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫

𝐔𝐦 𝐝𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫,
𝐝𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞𝐬, 𝐢𝐦𝐩𝐫𝐨𝐯á𝐯𝐞𝐢𝐬
𝐝𝐞 𝐬𝐞 𝐚𝐬𝐬𝐮𝐬𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐦𝐚𝐮 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨,
𝐝𝐞𝐜𝐢𝐝𝐢 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐫-𝐦𝐞 𝐚 𝐜𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚𝐫, 𝐚𝐨 𝐚𝐜𝐚𝐬𝐨 ,
𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐫𝐮𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚,

𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢 𝐩𝐚𝐫𝐚𝐥𝐞𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐨 𝐫𝐢𝐨,

𝐜𝐮𝐣𝐚𝐬 á𝐠𝐮𝐚𝐬, 𝐚𝐠𝐢𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬, 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐢𝐚𝐦, 𝐭𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐚𝐧𝐬𝐢𝐨𝐬𝐚𝐬,
𝐩𝐨𝐫 𝐢𝐫𝐞𝐦 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐚𝐫 𝐨 𝐦𝐚𝐫!

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐢 𝐞, 𝐮𝐧𝐬 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨𝐬 à 𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞,
𝐝𝐞𝐬𝐯𝐢𝐞𝐢-𝐦𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐮𝐚 à 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐫𝐝𝐚,
𝐞𝐫𝐚 𝐚 𝐝𝐚 𝐭𝐫𝐢𝐬𝐭𝐞𝐳𝐚,
𝐥á 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐞𝐢 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐭𝐫𝐢𝐬𝐭𝐞, 𝐜𝐡𝐨𝐫𝐨𝐬𝐚, 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐧𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚,
𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞𝐢 𝐚𝐧𝐢𝐦á-𝐥𝐨𝐬, 𝐦𝐚𝐬, 𝐭𝐚𝐥 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐚 𝐫𝐮𝐚,
𝐟𝐢𝐜𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 à𝐬 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬,

𝐝𝐞𝐬𝐚𝐧𝐢𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐬𝐚í 𝐝𝐚𝐥𝐢,
𝐝𝐞𝐬𝐜𝐢 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐩𝐨𝐜𝐫𝐢𝐬𝐢𝐚
𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐚𝐦,
𝐦𝐚𝐬… 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐬𝐨𝐬 𝐧ã𝐨 𝐦𝐞 𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚𝐫𝐚𝐦, 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐮-𝐨𝐬 𝐟𝐫𝐢𝐨𝐬, 𝐟𝐚𝐥𝐬𝐨𝐬,
𝐬𝐚í 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐫𝐚𝐩𝐢𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐚ç𝐨,

𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐭𝐢𝐯𝐨, 𝐜𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢 𝐩𝐨𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐮𝐞𝐥𝐚
𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞,
𝐣á 𝐢𝐚 𝐚 𝐦𝐞𝐢𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐚, 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨, 𝐢𝐧𝐞𝐱𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐯𝐞𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞,
𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐬𝐢𝐦𝐛𝐢𝐨𝐬𝐞 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐧𝐟𝐢𝐚𝐧ç𝐚,
𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐟𝐫𝐚𝐧𝐪𝐮𝐞𝐳𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬 𝐞𝐱𝐚𝐥𝐚𝐯𝐚 𝐛𝐚𝐟𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐬𝐨,
𝐧ã𝐨 𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐨𝐫𝐭á𝐯𝐞𝐥 𝐞 𝐥𝐞𝐬𝐭𝐨 𝐬𝐚í,

𝐝𝐞𝐬𝐢𝐥𝐮𝐝𝐢𝐝𝐨, 𝐞 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐚𝐧𝐢𝐦𝐚𝐝𝐨, 𝐞𝐧𝐜𝐞𝐭𝐞𝐢 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐨,
𝐞 𝐞𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐨 𝐜𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚,
𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐯𝐞𝐫𝐭𝐢𝐚𝐦
𝐚 𝐢𝐧𝐯𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐜𝐚𝐭𝐚𝐬 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬,
𝐣𝐮𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚𝐬,
𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬, 𝐨𝐟𝐞𝐧𝐝𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬!

𝐏𝐫𝐞𝐨𝐜𝐮𝐩𝐚𝐝𝐨, 𝐣á 𝐬𝐞𝐦 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐧𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫 𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐡𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐝𝐨,
𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨, 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞,
𝐬𝐮𝐫𝐠𝐞 à 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐛𝐞𝐥𝐚 𝐚𝐥𝐚𝐦𝐞𝐝𝐚 𝐟𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚,
𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐫𝐭𝐢𝐧𝐨 𝐯á𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬, 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐞𝐬 𝐚 𝐜𝐚𝐧𝐭𝐚𝐫,
𝐚𝐛𝐫𝐚ç𝐚𝐝𝐚𝐬, 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐚𝐫𝐦𝐨𝐧𝐢𝐚 𝐚𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥,
𝐚𝐩𝐫𝐨𝐱𝐢𝐦𝐞𝐢-𝐦𝐞 𝐞 𝐝𝐞 𝐢𝐦𝐞𝐝𝐢𝐚𝐭𝐨,
𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐮𝐱𝐚-𝐦𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐦𝐞𝐢𝐨,
𝐩𝐞𝐫𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐬𝐚𝐭𝐢𝐬𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨, 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞𝐢 𝐧𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐠𝐫𝐮𝐩𝐨,
𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐫𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐚 𝐚𝐥𝐚𝐦𝐞𝐝𝐚 𝐝𝐚 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞,
𝐟𝐚𝐬𝐜𝐢𝐧𝐚𝐝𝐨, 𝐞 𝐚𝐝𝐦𝐢𝐫𝐚𝐝𝐨, 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦,
𝐭𝐢𝐯𝐞 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥, 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐦 𝐩𝐨𝐫 𝐚í,
𝐭𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳, 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐯𝐞𝐳 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐚𝐬𝐬𝐚𝐬,
𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐠𝐧𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐚 𝐡𝐢𝐩𝐨𝐜𝐫𝐢𝐬𝐢𝐚 𝐞 𝐚 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚,
𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞, 𝐝𝐚 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞,
𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐞…𝐝𝐚 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞.

𝕵𝖔𝖘é 𝕮𝖆𝖗𝖑𝖔𝖘 𝕸𝖔𝖚𝖙𝖎𝖓𝖍𝖔
𝟐𝟎/𝟏𝟎/𝟐𝟎𝟐𝟑

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

#Poema molhado

 

Ouço o murmúrio da chuva
que lá fora, serenamente, cai,
e esse som, quase silêncio,
perpassa-me o pensamento
trazendo-me à memória,
momentos passados
transformados em saudade!
 
Recordo, com um sorriso de prazer
as chuvadas tropicais,
que, impetuosamente, inundavam
solos ressequidos, pelos verões africanos,
que se desencadeavam repentinamente
e quase tão rápido como iniciavam,
terminavam em glorioso arco-íris!
 
Agora nesta chuvinha morna
de Outono confuso,
sinto o encanto da vida
e a felicidade de sentir estes fenómenos
da natureza,
de poder agradecer à vida
os prazeres sensoriais,
que me são cedidos graciosamente!
 
Os anos são céleres
na sua passagem pelo calendário do tempo,
mas quando nos é permitido viver
a caminhada longa do nosso tempo,
floresce uma enorme gratidão ao Universo
que, gentilmente, nos encaminha
para o importante caminho da felicidade
 
José Carlos Moutinho 
19/10/2023



#Amigas/os

 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐚𝐬/𝐨𝐬

𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐯𝐢𝐯ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐀𝐧𝐠𝐨𝐥𝐚, 𝐡á 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦, 𝐞𝐦𝐨çã𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬 𝐞 𝐨 𝐚𝐧𝐬𝐞𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐝𝐞𝐥𝐚𝐬, 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐚, 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱ã𝐨, 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫. É 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐦𝐞𝐮, 𝐬𝐚𝐛𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐦𝐞 𝐥ê 𝐬𝐞 𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐨.

𝐄𝐢𝐬 𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞𝐬 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐚, 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬:

𝐀𝐋𝐃𝐄𝐈𝐀 𝐝𝐨 𝐏𝐀𝐑𝐀Í𝐒𝐎 𝐞 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐞 𝐆𝐔𝐄𝐑𝐑𝐀, 𝐧𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫ã𝐨 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚 𝐟𝐢𝐜çã𝐨 𝐞𝐬𝐭á 𝐭ã𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞.

𝐏𝐞ç𝐚𝐦-𝐦𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛ê-𝐥𝐨𝐬, 𝐜𝐨𝐦𝐨𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐯𝐨𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐬.




Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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