sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

#És poesia, ó mar

#Absorto olhar

 𝐀𝐛𝐬𝐨𝐫𝐭𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫

𝐒𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐮𝐦 𝐛𝐚𝐧𝐜𝐨 𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐯𝐚𝐠𝐮𝐞𝐢𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐬𝐞𝐦 𝐫𝐮𝐦𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐦𝐞 𝐚𝐛𝐫𝐚𝐜̧𝐚 𝐧𝐚 𝐞𝐦𝐩𝐚𝐭𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐬𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐨 𝐚𝐬 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐦𝐞 𝐨𝐟𝐞𝐫𝐞𝐜𝐞𝐦 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐢́𝐜𝐮𝐥𝐚 𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐟𝐮𝐢 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐒𝐨𝐫𝐫𝐢𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐢𝐧𝐠𝐞𝐧𝐮𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐝𝐨𝐜𝐞 𝐭𝐞𝐫𝐧𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐟𝐢𝐥𝐚𝐦 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐭𝐚𝐥𝐠𝐢𝐚 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐞𝐢𝐨 𝐚𝐭𝐞́ 𝐪𝐮𝐞… 𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐦 𝐧𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚 𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐭𝐢𝐧𝐝𝐨-𝐦𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐬𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐳 𝐄𝐦 𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐫, 𝐨 𝐬𝐢𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐨, 𝐩𝐨𝐫 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬, 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐚𝐬, 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐛𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐨𝐩𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐢𝐜-𝐭𝐚𝐜 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐫 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐞𝐦𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐒𝐢𝐥𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚-𝐬𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐚𝐥𝐚𝐫𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐦𝐨́𝐯𝐞𝐥, 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐞𝐮 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐚 𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐫𝐚 𝐋𝐚́ 𝐟𝐨𝐫𝐚, 𝐚 𝐜𝐡𝐮𝐯𝐚 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐚 𝐨 𝐜𝐡𝐚̃𝐨, 𝐪𝐮𝐢𝐜̧𝐚́, 𝐧𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚̃𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐦𝐮𝐫𝐦𝐮́𝐫𝐢𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐚𝐬 𝐠𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞, 𝐝𝐞𝐥𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐨𝐝𝐚𝐦 𝐧𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐥𝐡𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐭𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 𝟕/𝟏𝟐/𝟐𝟎𝟐𝟑



quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

#Versos repentinos

𝑽𝒆𝒓𝒔𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒑𝒆𝒏𝒕𝒊𝒏𝒐𝒔

𝑺𝒆𝒈𝒖𝒓𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒎𝒂̃𝒐𝒔
𝒂 𝒃𝒓𝒊𝒔𝒂 𝒒𝒖𝒆, 𝒔𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒑𝒐𝒓 𝒎𝒊𝒎 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂
𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒂 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒊𝒓𝒎𝒂̃𝒐𝒔
𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒖𝒓𝒂 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒂𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒂

𝑺𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝒂𝒄𝒂𝒔𝒐 𝒂 𝒃𝒓𝒊𝒔𝒂 𝒂𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒓𝒆𝒄𝒖𝒔𝒂𝒓
𝒑𝒆𝒅𝒊𝒓-𝒍𝒉𝒆-𝒆𝒊 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒆 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄̧𝒂 𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐
𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒖𝒎𝒂 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝒄𝒂𝒏𝒕𝒂𝒓
𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐-𝒎𝒆 𝒔𝒆 𝒎𝒆𝒖 𝒂𝒏𝒔𝒆𝒊𝒐 𝒇𝒐𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐

𝑵𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒎𝒆𝒖 𝒋𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒍𝒐𝒓𝒊𝒓 𝒖𝒕𝒐𝒑𝒊𝒂
𝒒𝒖𝒆 𝒂 𝒏𝒊𝒏𝒈𝒖𝒆́𝒎 𝒑𝒓𝒆𝒋𝒖𝒅𝒊𝒄𝒂, 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒂𝒕𝒆́ 𝒂𝒈𝒓𝒂𝒅𝒂𝒓
𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒂 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐𝒇𝒆𝒔 𝒐𝒏𝒊́𝒓𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂
𝒆́ 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒗𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆́ 𝒂𝒎𝒂𝒓

𝑨𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒗𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒆𝒎 𝒅𝒐𝒄𝒆 𝒊𝒍𝒖𝒔𝒂̃𝒐
𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒆́ 𝒔𝒐𝒓𝒓𝒊𝒓, 𝒃𝒆𝒊𝒋𝒂𝒓, 𝒂𝒎𝒂𝒓 𝒂𝒒𝒖𝒊 𝒐𝒖 𝒂𝒐 𝒍𝒖𝒂𝒓
𝒆́ 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓 𝒕𝒓𝒊𝒔𝒕𝒆𝒛𝒂, 𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒊𝒂, 𝒅𝒐𝒓 𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒂̃𝒐
𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒂𝒄𝒂𝒃𝒂𝒓

𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐
𝟔/𝟏𝟐/𝟐𝟎𝟐𝟑

sábado, 2 de dezembro de 2023

#Desejo improvável

 Sou solitário, por vezes, por opção
quando me aconchego no silêncio
e pensando-me poema, levo-me em divagações
por prados verdes de esperança
 
nem sempre, porém, são verdes
esses campos que, pelo meu olhar, desfilam
no meu viajar em pensamento
 
tenho encontrado pedras cinzentas
talvez pintadas pela desilusão
de algum passeante
que nelas depositou sua tristeza
 
também, neste meu caminhar etéreo,
descubro belas flores, que, todavia,
se escondem envergonhadas
por este mundo em que vivem,
onde a guerra e o caos se instalaram
 
insisto neste meu caminhar mental
e, mais à frente…
oh, Deus, que estranho:
lado a lado muitas árvores,
umas, de folhas mortas pela falta de oxigénio
e outras plenas de vida e de cor, felizes,
num contraste, quiçá, demonstrativo
de que este nosso universo ainda tem salvação
 
fiquei confuso perante esta diversidade
pouco empática e, até, chocante…
 
resiliente, ainda segui por mais uns longos
espaços de tempo,
permitidos pelo silêncio,
que, silenciosamente partilhava comigo
 
e…então, aconteceu o milagre,
tudo o que para trás ficara
não passara de triste imagem,
pois ao atravessar a ponte da verdade,
que me suportava a frustração, antes sentida,
deparei com um outro prado, outro verde,
outras e ainda mais belas flores coloridas
pelas fantásticas cores
de um mundo, jamais imaginado!
 
Seria sonho, anseio, miragem,
loucura de um desejo improvável
ou a recordação de um outro tempo,
em que tive a felicidade de ter vivido?
 
José Carlos Moutinho
26/11/2023

 

domingo, 26 de novembro de 2023

#Pequenos triunfos

 

A vida é feita de pequenos nadas que contribuem para o sucesso pessoal.

Assim, pela satisfação da partilha, com emotivo orgulho, mais do que por vaidade, eis os meus triunfos poéticos, desde que comecei a concorrer em poesia e Contos a esta ACADEMIA FÍSICA, não virtual, com sede em Ponte Nova, Minas Gerais, Brasil de nome ALEPON (Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova)

…se calhar até haverá um pouquinho de vaidade…perdoem-me a imodéstia, já que esta não prejudica ninguém!!



quinta-feira, 23 de novembro de 2023

#Coisa nenhuma

 

Não sei o que escrever,
embora, sentado em frente do computador
me prepare para algo criar,
é sempre assim, que tudo acontece,
depois…
depois as palavras fazem-se parceiras
da minha tentativa em inventar…
 
Como por milagre,
ou alguma iluminação celestial,
a mente entra em efervescência,
ordena aos dedos que se agitem
e batam serenamente nas teclas
no negro teclado, ligado ao velho computador
 
Por vezes, o que surge é coisa nenhuma,
deixando-me a pensar do seu valor
que, certamente, irá encontrar o desagrado
de quem tenha a coragem de ler
 
Todavia, obstinado pela exaltação
do meu pensamento
insisto em acariciar as palavras pintadas
nas teclas e o milagre faz-se,
uma após outra, nascem tímidas as estrofes
que vão construindo este texto
 
Será poesia, será nada,
porém, sonhador, deixo-me levar pela ilusão
de que construí obra,
porque obra é, e será sempre,
aquilo que nasceu seja boa ou má
 
Como creio…oh, santa ingenuidade
de que esta coisa, agora plantada neste papel,
não será, efectivamente, obra prima
mas é, sem a menor dúvida,
fruto da minha sensibilidade
ouso, atrevidamente, com um grande abraço
mostrá-la a quem a quiser ler
 
José Carlos Moutinho 
23/11/2023

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

#ESTADO DE ALMA

#ASSIM VAI ESTE MUNDO

#O vento também sopra

 

O vento também sopra
 
Podes jogar pedras de ofensa
que, com elas, construirei a ponte
sobre a qual transporei o rio das tuas frustrações
 
Podes gritar impropérios de indignação
pois desses teus gritos farei uma canção
com versos de amor
 
Sabes que o vento também sopra
e eu, para o evitar, desvio-me
no abrigo da minha serenidade
 
Devias preferir a acalmia da brisa
que, em tardes sonolentas
agita-nos o pensamento levando-nos
a discernir sobre o bem e o mal
 
Tenta, pois, acalmar essa tua verborreia
e, simplesmente, contempla o mar
em dias de bonança,
encontrarás, indubitavelmente,
a quietude das areias, que carinhosamente,
são beijadas pela espuma das ondas
 
Se nenhum destes conselhos te servir,
peço-te, com a simpatia da displicência,
que me ignores, esquecendo que existo,
eu já te perdoei pelas pedradas da tua ignorância
que me atiraste, das quais depois da ponte
afoguei-as no esquecimento da minha tolerância
 
José Carlos Moutinho 
17/11/2023

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

#Pelo Natal...

Amigos...ofereçam livros pelo Natal...
são baratos e têm muito valor

Estes livros abaixo, não são de autores famosos,
mas foram escritos com emoção.
Peçam, para o meu email (zemoutinho@hotmail.com)
ou por aqui para mensagens



#TU SABES E EU SEI

# Sei lá eu?!

Sei lá porque ouço o uivar do vento
em dias de acalmia sonolenta,
será por tristeza ou receoso sentimento,
talvez seja porque já ninguém aguenta
este dorido soluçar de tanto lamento
que vai acontecendo em causa barulhenta
pelos gritos das armas, triste acontecimento
nas estupidas guerras que a tantos afugenta
e que a outros mata sem arrependimento
oh, triste mundo de humanidade violenta!

Que a paz não seja uma miragem

neste triste tempo em que vivemos
chega de fazer das guerras, imagem
de sofrer, esta é única vida que temos

José Carlos Moutinho
20/11/2023

#Ser ou não ser

Ser ou não ser

Ser chamado de poeta e não ser
que valor isso terá para o mundo
talvez nenhum, a arte de escrever
é um sentimento assaz profundo
não é o título que poderá parecer
ser poeta não se faz num segundo
e só será classificado após morrer

José Carlos Moutinho
20/11/2023

domingo, 19 de novembro de 2023

#FELIZES SÃO OS POETAS

#Felizes são os poetas

 Felizes são os poetas
 
Metáfora será, talvez, o sorriso da realidade
espelhado nos versos da verdade
que, em rimas floridas,
brotam dos jardins das estrofes
 
O poema é um viajar pelas emoções,
umas vezes exaltadas,
outras, inquietas
por suspiros transformados em palavras
 
Há, quase sempre, no escrever,
uma ânsia exacerbada
na criação da prosa ou poema,
para que obtenha a elevação
da obra tecida, com emoção
na esperança da glória,
com que a essência do seu criador,
sentirá realização
 
Todos os elementos da natureza
convergem para o encantamento
do viver a vida, com alegria,
porém, nem sempre é verosímil,
porque a tristeza,
tantas vezes,
cerca a felicidade
 
A vida é uma longa e complexa peça teatral
cujos interpretes somos nós,
meros passageiros do comboio
que, autónomo, nos leva,
pelos campos do tempo
 
Viver, pois, é felicidade
escrever poesia é emoção da vida
pela simplicidade das palavras
 
Felizes são os poetas
que têm o dom de construir essa felicidade
sobre as pedras do infortúnio
ou do desamor
 
José Carlos Moutinho
19/11/2023

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

#Este mundo nosso

 

Estava eu aqui sentado a pensar
a razão das guerras no mundo
após discernir e tanto analisar
concluí, célere, num segundo
 
Arrogância, prepotência, quiçá
serão, pois os factores principais
juntando insensibilidade que há
à estupidez ausente em animais
 
Ganância megalómana existente
mentes de humanos improváveis
o sentimento de amor é absente
desejos de grandeza deploráveis
 
Assim está este nosso Universo
cada vez mais em decadência
ambiente em discernir perverso
a vida humana em dependência
 
Aqui estou, perdido, sem soluções
a ver este nosso planeta e o povo
morrendo às mãos dos aldrabões
talvez um milagre traga algo novo
 
E a política que tudo movimenta
está perdida em absoluto desatino
até quando humanidade aguenta
esta imbecilidade de tanto cretino
 
José Carlos Moutinho

16/11/2023

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

#Outono, o poema

 

Dizem que Outono é nostalgia
folhas matizadas, romantismo
que mudança de cor é a alegria
creio que, todavia, será exotismo
 
Confesso fascínio pelo Outono
quando em dias de sol luzente
entrego-me em total abandono
à emoção que meu coração sente
 
Fecho os olhos imagino uma tela
de cores belas e multifacetadas
brisa fria, fragrância de canela
bucólicas árvores, lindas ramadas
 
Foi depois do Verão que chegou
Outono que a tantos desagrada
mas em mim, simplesmente ficou
quadro de prazer, minha alvorada
 
José Carlos Moutinho
15/11/2023




#Porque se aproxima o Natal...

 


terça-feira, 14 de novembro de 2023

#Perguntas-me

𝗣𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗮𝘀-𝗺𝗲

𝗣𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗮𝘀-𝗺𝗲 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃o 𝗲𝘂
𝗲 𝗲𝘂 𝘀𝗲𝗺 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗿 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗼𝗻𝗱𝗲𝗿
𝘁𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝗮 𝗹𝗼𝘂𝗰𝘂𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗺𝗲𝘁𝗲𝘂
𝗽𝗼𝗶𝘀, 𝗳𝗿𝗮𝗻𝗰𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗻ã𝗼 𝘁𝗲 𝘀𝗲𝗶 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗿

𝗙𝗼𝗶 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗿
𝘁𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝘀𝘀𝗲, 𝗻𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲
𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗰𝗲𝗶 𝘂𝗺 𝗱𝗶𝗮 𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿
𝗲𝗿𝗮 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗷𝗼𝘃𝗲𝗺 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗮 𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲

𝗦𝗲𝗿𝗶𝗮𝗺 𝗽𝗼𝗲𝗺𝗮𝘀 𝗼𝘂 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 𝗻𝗲𝗻𝗵𝘂𝗺𝗮
𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗶𝗮 𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗼 𝗮𝗹𝘃𝗼 𝗽𝗮𝗽𝗲𝗹
𝗽𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮, 𝗽𝗿𝗼𝘀𝗮 𝗼𝘂 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗲𝘀𝗽𝘂𝗺𝗮
𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗺𝗲 𝘁𝗿𝗮𝘇𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝘁𝗿𝗼𝗽𝗲𝗹

𝗡ã𝗼 𝘀𝗲𝗶, 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗳𝗲𝘇-𝗺𝗲 𝗮𝗰𝗿𝗲𝗱𝗶𝘁𝗮𝗿
𝗷𝗮𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰𝗲𝗿𝗲𝗶 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼
𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗿𝗮çã𝗼 𝗻𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗮𝗿𝗳𝗮𝗿
𝘀𝘂𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗽𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮 𝗮 𝘁𝗼𝗱𝗼 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼

𝗘𝘀𝗽𝗲𝗿𝗼 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝘁𝗲𝗿-𝘁𝗲 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗼𝗻𝗱𝗶𝗱𝗼
𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗺𝗶𝘇𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝘂𝗺 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗮ç𝗼
𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼𝘀 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺 𝘀𝗲𝗿𝘃𝗶𝗱𝗼
𝗰𝗿ê, 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗶𝗿 𝘀𝗲𝗿á 𝗹𝗮𝘀𝘀𝗼

𝗝𝗼𝘀é 𝗖𝗮𝗿𝗹𝗼𝘀 𝗠𝗼𝘂𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼
𝟭𝟰/𝟭𝟭/𝟮𝟬𝟮𝟯

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

#𝙉𝙖𝙙𝙖 𝙨𝙪𝙧𝙜𝙞𝙖

 

𝙌𝙪𝙚𝙧𝙞𝙖 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙪𝙢 𝙥𝙤𝙚𝙢𝙖,
𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙞, 𝙚𝙨𝙘𝙧𝙚𝙫𝙞 𝙚 𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙖𝙥𝙖𝙧𝙚𝙘𝙞𝙖
𝙖𝙨 𝙡𝙚𝙩𝙧𝙖𝙨 𝙣ã𝙤 𝙚𝙭𝙞𝙗𝙞𝙖𝙢 𝙣𝙚𝙣𝙝𝙪𝙢 𝙩𝙚𝙢𝙖,
𝙚 𝙚𝙪 𝙖 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖𝙧 𝙛𝙖𝙯𝙚𝙧 𝙪𝙢𝙖 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖...
 
𝙀𝙣𝙩ã𝙤, c𝙖𝙡𝙢𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙖𝙨𝙨𝙞𝙢 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙚𝙞
𝙨𝙚 𝙖𝙨 𝙡𝙚𝙩𝙧𝙖𝙨 𝙨𝙚 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙚𝙢 𝙚𝙢𝙗𝙖𝙧𝙖𝙡𝙝𝙖𝙧
é 𝙥𝙤𝙧𝙦𝙪𝙚, 𝙘𝙚𝙧𝙩𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚𝙪 𝙣ã𝙤 𝙨𝙚𝙞
𝙪𝙢 𝙫𝙚𝙧𝙨𝙤 𝙤𝙪 𝙪𝙢 𝙥𝙤𝙚𝙢𝙖 𝙞𝙣𝙫𝙚𝙣𝙩𝙖𝙧
 
𝘼𝙘𝙧𝙚 𝙙𝙞𝙩𝙚𝙢, 𝙩𝙚𝙣𝙩𝙚𝙞 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙪𝙢𝙖 𝙫𝙚𝙯
𝙨𝙞𝙣𝙘𝙚𝙧𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙙𝙚 𝙟𝙚𝙞𝙩𝙤 𝙨𝙪𝙧𝙜𝙞𝙪
𝙖𝙞𝙣𝙙𝙖 𝙞𝙣𝙨𝙞𝙨𝙩𝙞 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙤𝙪 𝙩𝙧ê𝙨
𝙤 𝙧𝙚𝙨𝙪𝙡𝙩𝙖𝙙𝙤 é 𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙦𝙪𝙞 𝙨𝙚 𝙫𝙞𝙪
 
𝙅𝙤𝙨é 𝘾𝙖𝙧𝙡𝙤𝙨 𝙈𝙤𝙪𝙩𝙞𝙣𝙝𝙤 
13/11 /2023

#𝗔𝗟𝗗𝗘𝗜𝗔 𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔Í𝗦𝗢, 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲

 


domingo, 12 de novembro de 2023

#Livros com saudade

 Tanto se escreveu e se escreve sobre Angola.
Eu, que tenho aquela "terra" no coração, escrevi vivências de todos nós, por aqueles encantados lugares, de uma maneira singela e de modo ficcionado, se bem que esta ficção, tantas vezes roça a realidade. Eu, que muito viajei por aquele país e conheço tanto de tantos lugares, coloquei no papel, que abraçam os meus livros, são a felicidade da minha alma. As minhas saudades jamais esmoreceram. Não pretendo com os meus livros, sobre Angola, mencionar tristezas, mas sim alegrias e muitos dos instantes de felicidade vividos por todos nós. Assim, os meus romances, são alegria no recordar o passado.
Leiam-me. Peçam-me. Enviá-los-ei
2 romances e 1 de poesia.



#Quadras com humor

 BOM DIA, gente deste mundo

Quadras com humor ou não,
só porque é domingo

Houve um tempo que não seria o meu
nem sei se alguma vez ele me pertenceu
sei, porém, que viver somente aconteceu
já que ao meu pai e minha mãe apeteceu

E por aqui andamos nós, todos viventes
neste viajar pelas ruas da vida e atalhos
uns tristes, outros, quiçá, mais contentes
desejando uma vida feliz e não de retalhos
 
José Carlos Moutinho
12/11/2023

sábado, 11 de novembro de 2023

#Romances com Angola no coração

 Dois romances que contam histórias de quem em Angola viveu.

Ficção vestida de muita realidade...

Peçam-me se vos interessar...





#Sessenta seis anos passaram

 

Parti da minha terra, tão menino
imaginem há sessenta e seis anos
naquele 11 de novembro sibilino
ignorando se iria sofrer de danos
 
Minha aldeia ocultou-se de mim
mal entrei naquele enorme navio
saí, pois, do meu pequeno jardim
para enfrentar talvez, mar bravio
 
Somente 13 anos tinha de idade
viajaria só num Quanza já antigo
minha mãe, chorava de verdade
naquele cais tão frio feito testigo
 
Ficava lá tão longe o meu destino
a África, para mim, desconhecida
em Angola onde eu tomei quinino
encontrei terra linda e muito querida
 
Foi fantástica a minha viagem,
na África maravilhosa onde vivi
de felicidade fiz toda a bagagem
também de saudade eu já senti
 
Agora aqui recordo com saudade
aquele outro tempo inolvidável
confesso com toda a sinceridade
esta minha verdade insofismável
 
José Carlos Moutinho 
11/11/2023




quarta-feira, 1 de novembro de 2023

#Continuou o seu caminhar

 

Caminha descalço de mágoas
pelos atalhos floridos dos seus anseios,
com os pés castigados, que, pelo tempo
se vão fortalecendo para novas caminhadas…
 
Olha em frente de olhos fixos no amanhã,
evita as ventanias que lhe sopram enviesadas
abrigando-se por detrás das árvores da bonomia
e quando os ventos se fizerem bonança
volta a caminhar mais afoito…
 
O sol que da alvorada se desprendeu
mostra-lhe campos verdejantes de esperança,
onde os seus cintilantes raios
se plantam no chão onde ele passará…
 
Há em cada melodia das aves
que em sua volta chilreiam,
um renovar de ânimo
que o leva a sonhar miragens
de mares e luares e de sorrisos e abraços…
De um imaginário mundo, vibrante de felicidade
onde todos os seres se congratulam com a vida!
 
Oh…Deus que sonhar tão maravilhoso…
de uma fracção do seu tempo
em que ele se fechou em si
e viu tudo… do que não existe.
 
Continuou desalentado, o seu caminhar…
 

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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