quinta-feira, 19 de setembro de 2024

#Reflexão de José Carlos Moutinho

 

    No remanso do meu cantinho de imaginações, deixo-me levar em serena reflexão, sobre o meu curto percurso literário, iniciado em 2009.
    Muitos de vós, que neste momento estais a ler este meu sentir libertado, conhecem-me pessoalmente.
    Mas muitos mais, não me conhecendo fisicamente, são meus amigos virtuais e fiéis leitores da minha singela escrita.
    A todos vós, deixo aqui, bem patente, a minha gratidão não só por me lerem e interagirem comentando, mas, principalmente por me darem a honra de terem em vossas casas, muitos dos meus livros.
    Toda esta conversa, vem a propósito, da minha tal reflexão, sobre o meu caminho das palavras e dos livros publicados.
    E, francamente, permitam-me, com toda a imodéstia que me for concedida, que me sinto feliz pelo que até agora consegui, senão vejamos:
Com 13 anos de edições e publicações atingi um número (15) de títulos, que considero fantástico.
Fui entrevistado por algumas Rádios, passados os meus poemas, em outras de projecção internacional.
Por 3 vezes estive na RTP África.
Recebi prémios vários, entre os quais, muito particularmente importante, por se tratar de uma Academia de Letras, física; Por essa Academia fui premiado, no mesmo Concurso Internacional, em três dos meus trabalhos apresentados: um 2º em poesia, um 3º em Crónica e uma menção honrosa em poesia.
    Sinceramente, que mais posso eu desejar?
    Depois de 50 anos sem escrever, que, como sabem, iniciei as minhas ingénuas poesias, com 15 anos, ter alcançado este palmarés, deixa-me absolutamente honrado!
    Claro que sem os meus leitores e amigos, jamais chegaria a esta marca. Ninguém é alguém, SÓ, ou por graça do destino!
    Verdade que tem sido uma luta de várias batalhas, mas com resiliência, tenho conseguido chegar lá. Mais fácil seria com as tais ajudas que todos sabemos, mas essas, são para quem cai em graça e não para os engraçados. (e eu nem graça tenho)
    Dirão alguns: Teve sorte.
    Claro, que a sorte é importante. Mas sorte sem abnegação e persistência, vale nadinha!!
    Não considerem este soltar das minhas emoções, como uma atitude de vaidade, mas sim, como um partilhar a minha gratidão com aqueles/as que me têm acompanhado.
    Um forte abraço a todos, amigos/as, não amigos/as, conhecidos/as e aos que tiverem paciência para lerem este meu desabafo.

Setembro/2024



quarta-feira, 18 de setembro de 2024

#É assim…

 

Passam por mim, como brisas
silentes as horas dos meus dias
por vezes tornam-se indecisas
expectante anseio de garantias

Depois, dias correm como vento
ruidosos, inquietos como emoção
de nada adianta soltar o lamento
porque o tempo tem a sua razão

Logo, os meses sucedem-se ágeis
trazendo os anos loucos, voadores
a vida vai torna-nos mais frágeis
trazendo rugas, tremuras e dores
 

José Carlos Moutinho

terça-feira, 17 de setembro de 2024

# Devaneio e quimera

Nas areias da praia
invento tardes solarengas
em dias de nostalgia,
e com os pensamentos em ebulição
construo castelos de nada,
crio rios de águas paradas e invisíveis,
pinto nuvens escondidas pelas montanhas
e imagino um mar imenso que,
numa estonteante miragem
se agita aos meus olhos
em ondulantes cavalgadas
sobre o dorso cintilante
daquele mar que eu imaginei,
mas que, certamente, nem existe,

e quando me sentir cansado
e saciado pela criação das minhas obras,
caminharei de pés descalços,
pela espuma da saudade
ao encontro do desconhecido
até me perder em novos pensamentos,
sob o luar que vai chegando,
e ao qual permito criar uma imagem de mim
reflectida nas areias
da minha praia imaginada

José Carlos Moutinho
Portugal



sexta-feira, 13 de setembro de 2024

#Sequer sei se o sou

 

Pouco me importa se me chamam poeta,
porque, sinceramente, sequer sei se o sou
escrever com paixão o livro é minha meta,
neste caminhar por onde eu desejo e vou

Faço das palavras um mundo de emoções,
que com alegria anseio passar aos leitores,
deles, eu simplesmente, anseio felicitações
fontes importantes que ajudam os autores

É assim deste modo que penso e quero ser
neste mundo de fraudes, vaidades e ilusões
não é imperioso ser-se génio para escrever
basta a alma com sentimentos e aspirações
 
José Carlos Moutinho 
12/9/2024

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

# Viver

A noite acalmara o dia
e na serenidade do luar
cantou-se com alegria
belas melodias de amar

Olhemos em nosso redor

sentir a vibração natureza
há na brisa perfume de flor
Universo oferece gentileza

Também é com a franqueza
que se descobre a amizade
demonstração pura certeza
brotada da fonte da verdade

José Carlos Moutinho
11/9/2024

terça-feira, 10 de setembro de 2024

# A mais bela flor

Ah, Fosse eu Antero ou Camões e faria
com meu amor, um soneto para ti
pintado com versos de poesia
com as cores que houvesse por aqui

Porém, como nenhum deles eu sou,

planto com meu talento estas rosas
para que o meu amor saiba que aqui estou
rodeado de versos e prosas!

Bem sei que é humilde, porém sincero
este modo de te falar de amor
palavras simples que gosto e quero…

Mas como a vida não é só poesia
quero oferecer-te a mais bela flor
que no meu coração, pra ti, crescia!

José Carlos Moutinho
Portugal

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

#É assim…

 

Passam por mim, como brisas
silentes as horas dos meus dias
por vezes tornam-se indecisas
expectante anseio de garantias

Depois, dias correm como vento
ruidosos, inquietos como emoção
de nada adianta soltar o lamento
porque o tempo tem a sua razão

Logo, os meses sucedem-se ágeis
trazendo os anos loucos, voadores
a vida vai torna-nos mais frágeis
trazendo rugas, tremuras e dores
 
José Carlos Moutinho 
 9/9/2024

sábado, 7 de setembro de 2024

#Desistir?

 

Instalou-se em mim o desânimo,
perdi o entusiasmo que me iluminava
dando lugar a uma insatisfação premente!
 
O colorido que eu colocava nas palavras
vai-se ensombrando em inquietude
ofuscando o sentir resiliência!
 
As palavras incitam-me a usá-las,
a inspiração é um rio de vibrante caudal,
a paixão está viva,
pelos versos que compõem a estrofe,
e esta, alinha-se docemente, no colo do texto!
 
…Mas aquele amor pelo livro
e a ansiedade que brota do mar da ilusão
para ver navegar por aí, a sua obra…
…sucumbe nas marés da frustração
imergindo, aflitivamente,
nas ondas traiçoeiras da publicação!
 
Será que a desistência
é a melhor forma para evitar tristezas
ao sentir-se explorado por quem faz o livro?
 
Ou, pelo contrário,
há que ter a força dos lutadores
e fazer do prejuízo uma vitória?
 
Francamente, já nada sei
além de que…
sei que sinto uma certa revolta
e que só a mim compete aquietar!
 
Aturdidos que estão os meus pensamentos,
imbuídos de frustração, por conflito emocional,
pergunto-me:
Será que o livro pretende desistir de mim,
ou
estará esmorecida a minha vontade pelas dificuldades
colocadas no caminho do meu sonho,
desejoso em acarinhar mais um livro?
 
José Carlos Moutinho 
6/9/2024




quinta-feira, 5 de setembro de 2024

#Constatação

Árduos são os dias de hoje
bem diferentes dos d'outrora
o sentimento talvez despoje
os relacionamentos de agora

Perdeu-se tanto de tão pouco
as palavras são vãs, tão vazias
talvez este mundo esteja louco
tão perdido, cheio de messias

Grita-se em desvario, por nada,
ofende-se com sorriso descarado
a verdade é coisa abandonada
tanta gente de rosto mascarado

Não, não estou desesperado
isto é uma simples constatação
já vivi meu tempo descansado
resta-me viver nesta confusão 

José Carlos Moutinho

5/9/2024

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

#Passageiro

 

Hoje sou passageiro do tempo
portador do hoje,
deixo para trás o ontem
e deixo-me levar em viagem etérea
a caminho do amanhã

Mas hoje, porque é presente
e neste momento é o que se sente
encho o peito de ilusões
canto as mais belas canções

Continuo viajante sem tempo,
ansioso de que meu tempo tarde,
há em mim um caudal de alento
do qual jamais faço alarde

Mas passageiro da vida eu sou
abraçando dias de sol
e noites de luar
na serenidade do meu existir
e na miragem dos sonhos eu vivo
pintando telas de coloridas emoções
porque o tempo é efémero
e urge sorrir e abraçar a vida
 
José Carlos Moutinho
Agosto/2024 
Portugal





Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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