terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
A Força de Amar (romance)
Paixão, amor, desilusão, simplesmente porque a vida é assim.
Peça-me o romance :
A FORÇA DE AMAR,
Pela opinião de quem o leu, não ficará desapontado/a
Mente viajante
Por vezes, sinto-me levitar,
não...não é o corpo,
esse, pesado, aquieta-se
na cadeira que o sustém,
falo da minha mente que voa
em digressões sem destino,
ondula simplesmente por aí,
em pensamentos, quiçá, perdidos,
em busca de nada,
porque nada lhe ocorre
a não ser que se sente perdida
e viaja, solta, vadia
em toda a sua propriedade única,
de livre pensadora,
então, arvora-se, autoritária,
independente e, até, possessiva,
ignora-me,
recusa-se ao meu chamamento
e percorre o mundo,
eu, impotente e resignado
continuo sentado
na cadeira que suporta
a minha fragilidade humana,
subjugada por uma mente desobediente
José Carlos Moutinho
3/2/2020
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Minha vida literária
Depois da realização deste vídeo, lancei mais dois livros, romances com os títulos:
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
Coisas do tempo
Sou do tempo,
em que a água, caprichosamente,
corria por debaixo da ponte,
vinda da imensidão do mar alto
para os braços da majestosa e acolhedora baía!
Sou do tempo,
em que mataram a felicidade
que a água sentia na tal viagem
do mar para a baía,
quando fecharam a sua passagem
por debaixo da velha ponte!
Sou do tempo,
em que a água que antes era límpida
pela constante renovação,
deixou de ser apetecível
e me forçou a deixar de frequentar
a pequena praia
que existia à esquerda
de quem entrava
na maravilhosa ilha do Cabo!
Sou do tempo,
ah que saudoso tempo…
que não quer deixar de me atormentar
com esta pertinente saudade,
em que, do alto da imponente
Fortaleza de S. Miguel,
à sombra de uma Acácia
que me perfumava os sentidos,
eu passei tantos instantes das minhas emoções,
imbuído de uma imensa felicidade,
a contemplar toda a beleza e esplendor
que me era permitido vislumbrar
José Carlos Moutinho
2/2/2020
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
Saudades da saudade
Tenho saudades da saudade
nostalgia no meu pensamento,
procuro descobrir a verdade
para este meu longo tormento,
Não consigo porém, descobrir
a razão deste meu sentimento,
disseram para eu tentar fingir
que não é dor, este sofrimento
José Carlos Moutinho
31/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Falaram de uma cidade
Falaram de uma certa cidade
que por desgraça foi deixada,
de quem lá saiu trouxe saudade
para que sempre fosse recordada
Nela havia acácias e mamoeiros
muitas quitandeiras e pescadores,
largos, ruas, ruelas e picadeiros
cidade de alegrias e tantos amores
Baptizada de S.Paolo da Assunção,
a que acrescentaram nome Loanda,
quem lá viveu recorda com emoção
os bons tempos de antes da dipanda
José Carlos Moutinho
30/1/2020
Sonhos e anseios
Falaram-me de sonhos
e de anseios improváveis,
falaram-me de fracassos
e de frustrações
mas...
também, me falaram
de realizações que se diziam impossíveis,
metas atingidas que, provocantemente,
se escondiam na lonjura!
Então que os sonhos e os anseios
conspirem para que a realidade
caia nos braços da verdade...
José Carlos Moutinho
30/1/2020
Ser escritor
Querer ser poeta/escritor
é como nadar em alto mar,
embora se lute com ardor
acaba sempre por naufragar
Será um problema mundial
sonhar utopias feitas de livros,
mas sei que aqui em Portugal,
há que passar por muitos crivos
Desanimado pensa em desistir,
mas isso jamais deve acontecer,
resiliente, deve continuar a insistir
com coragem e vontade de vencer
José Carlos Moutinho
30/1/2020
Que mais irá acontecer?
Este meu tempo
que se vai perdendo nos anos,
permitiu-me observar ventos arrogantes
e brisas acalentadoras,
voos demasiadamente altivos
esbarrados nas nuvens da simplicidade,
sabedorias bacocas
ousando amordaçar a humildade,
marés de apregoado conhecimento
desfeitos nas areias da verdade...
que mais irá oferecer-me este meu tempo?
Sei que, juntos, vamo-nos cansando,
de ver o mundo a desabar,
a humanidade a perder os seus maiores valores,
como a dignidade e a vergonha!
Oh, tempo meu que me foste tão amigo
não permitas que a humanidade tenha este castigo
José Carlos Moutinho
30/1/2020
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
Este Rio
As cidades cantam o rio
que as atravessa,
rio que afogava nas suas entranhas
as dores de alguns
e transformava o suor em pão de tantos
Sobre o seu corpo
deslizavam dolorosamente os rabelos
carregando o néctar da vida,
num serpentear cansado
por entre vales e montanhas,
vindo de tão longe…
O seu caudal beija os pés das arribas
que sustentam em delicado equilíbrio
a vinha rendilhada!
Este rio de tantas canções
é hoje um senhor,
veste vaidosamente roupa lúdica,
deixa-se navegar por barcos de luxo,
sorri orgulhoso aos turistas
e amigavelmente
permite que os velhos rabelos
desfilem garbosos,
esquecendo mágoas
e tormentas de outros tempos
José Carlos Moutinho
7/10/16
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
Até podem rir...
Sinto frio,
não na alma
mas nos joelhos,
por vezes vem um arrepio
que me tira por completo a calma,
deixando-me de olhos tão vermelhos
que só me apetece partir
para algum lugar mais quente
onde eu me possa sentir
mais alegre e contente
antes que eu morra de frio
José Carlos Moutinho
28/1/2020
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Interrogações
..."Porque escreves tu ó louco,
se as tuas palavras são folhas ressequidas
e matizadas de anseios sem futuro?
E…não sei dar uma resposta
que me convença,
a, pelo menos, entender a razão desta obsessão
de tanto gostar das palavras,
e por tentar fazer-me seu amigo,
abraçando-as com o carinho do meu sentir,
colocando-a docemente na alvura do papel!
Só sei, francamente, que perco a noção da razão,
e nem sequer sei, se haverá alguma razão
que explique esta minha razão!
Mas…nesta leviana loucura,
sem respostas plausíveis,
esqueço o mundo, esqueço-me de mim,
e deixo-me levar neste impulso
desatinado pelos braços da escrita,
que, paradoxalmente,
me traz serenidade, encanto e felicidade
José Carlos Moutinho
26/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
domingo, 26 de janeiro de 2020
Deixarás de te queixar
Porque razão te queixas da vida
se te entregas a letargia da inconsciência?
Desperta, abre os braços ao mundo
e caminha de cabeça levantada,
olhar penetrando a distância,
peito arfante de anseios...
verás que tudo será diferente,
a universalidade conspirará a teu favor,
perderás essa tua constante vontade
de te queixares
José Carlos Moutinho
26/1/2020
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Não corras tanto
Tentas correr como o vento
porque és nervosa e inquieta,
mas se tiveres algum tempo
mostro-te uma maneira certa
Digo-te que a vida é muito boa
basta saber vivê-la com calma
mesmo que, louca andes à toa,
poderás sentir alegria na alma
Mas se não ouvires o que te digo
nada mais tenho a dizer, mulher
acrescento que ficarás de castigo
sem te falar até quando eu quiser
José Carlos Moutinho
24/1/2020
Calo-me
Calo a minha voz inquieta
para que não ouçam
o meu grito de raiva
perante o que vou assistindo
nesta sociedade em que vivo!
Calo-me porque a minha voz
não tem força suficiente
para amordaçar esta sociedade
que chafurda na lama da indignidade
e se vangloria pela ausência
absoluta de vergonha!
Calo-me...
porque a minha humildade
e honra,
não têm eco nesta elite corrupta
que desfila impune e arrogante
pela passarelle da vida
José Carlos Moutinho
24/1/2020
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Foram...
Foram prosas, foram versos
que o tempo cantou,
foram amores tão diversos
que a memória lembrou,
Foram paixões assolapadas
que o tempo abraçou,
foram loucas madrugadas
que o vento levou
José Carlos Moutinho
23/1/2020
Tempo controlador
Perdi a noção do tempo…
por mim já esvoaçaram
muitas folhas pintadas de instantes,
desencontraram-se minutos do meu tempo
acomodados nas horas sonolentas,
passaram-me brisas e ventos,
luares e madrugadas,
paixões e amores,
encontros e desencontros,
vertigens e anseios,
acalmias e abraços!
Por isso, perdi a noção do tempo,
deste tempo que me contabiliza
as tardes cansadas pelas dores
e grita as mágoas sofridas!
Perdi a noção do tempo
e nem sequer me interessa
a razão porque a perdi,
só sei que o tempo é controlador obsessivo,
impávido, frio e displicente
José Carlos Moutinho
21/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Se...
Se és carta perdida
nos caminhos do vento,
porque razão te escrevo eu,
além de perder o meu tempo?
Talvez, um dia, quando mudares
e tiveres nas minhas palavras, interesse,
volte a escrever-te se, apesar dos pesares
eu continuar a considerar-te sem sentir stress
José Carlos Moutinho
22/1/2020
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Murmúrio
Sinto no peito um suave murmúrio,
será do vento ou talvez da brisa,
olho em meu redor,
somente vejo o que a minha imaginação inventa,
nada mais que isso,
e, como se eu flutuasse
vejo-me sentado no patamar das ilusões,
pensando em tudo e em nada,
como se minha mente
viajasse por lugar remoto,
talvez perdida,
mas, ansiosa por esquecer este mundo material,
e tentasse encontrar um outro espaço
incolor e volátil,
que, certamente, no firmamento
a esperaria
José Carlos Moutinho
17/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Escrevo sim...
Gosto de escrever
simplesmente, sem preconceitos,
se ao lerem, gostam ou não
o problema a existir não me pertence,
claro que minha escrita tem defeitos
que irão, talvez, além da minha emoção,
obviamente que há quem pense
que eu não terei nenhuma razão...
ainda que eu escreva por teimosia
que nem será pertença da poesia,
mas como acima mencionei
escrevo com paixão, porém, eu sei
que por muito bem que eu escreva
há sempre alguém que não releva,
Assim, escrevo como quem caminha,
libertando da alma, meus sentimentos,
e esta emoção imensa que é só minha
diz-me que devo escrever sem lamentos
Apesar de eu não escrever para mim
mas sim, para quem gostar de me ler,
são esses que me fazem sentir assim,
premente anseio e paixão por escrever
José Carlos Moutinho
20/1/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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