sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Ela é assim

Tens o sol no sorriso
e a tristeza no olhar,
será que é um aviso
para ninguém se aproximar?

Com tristeza no sorriso
e o sol no teu olhar,
talvez não fosse preciso
muito, para alguém te cantar!

José Carlos Moutinho
10/1/2020

Como se fosse um poema

Não me procures 
nem sequer perguntes por mim, 
não me encontrarás 
tampouco alguém saberá responder-te, 
sou espuma de um tempo passado 
em onda serena de maré ensolarada, 
já fui caudal turbulento de rio 
sou a acalmia no cume da montanha, 
deixei marcas pelo caminho 
na minha viagem pelas emoções 
sou remanso dos meus sentimentos 
fui inquietude em agitado trigal 
sou reflexão na planície do discernimento!

Um dia serei lembrança, 
talvez saudade, 
hoje pouco ou nada sou, 
passo despercebido 
por entre jardins descoloridos, 
onde tento, pacientemente, 
e com simpatia 
plantar as mais belas flores.

José Carlos Moutinho 
9/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Gira o mundo



No desatinado correr do tempo 
Gira o mundo num louco frenesim, 
Nem adianta sequer qualquer lamento 
Se o tempo implacável quiser assim 

Talvez, se tentarmos contrariá-lo, 
Consigamos vencer cada jornada, 
Podemos, todavia, tentar calá-lo 
Dizendo-lhe que o tempo é uma charada 

Interessa sorrir a cada dia 
Deixar para trás mágoas e problemas 
E pensar que a vida é só poesia… 

Viver cada momento sem dilemas, 
Com alegria no abraço de harmonia 
Evitando habilidades e esquemas. 

José Carlos Moutinho 
8/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

Confesso-vos

Confesso-vos...
que me faz feliz quando dizem que gostam do que eu escrevo. Assim, simplesmente, sem falso sentimentalismo,
Sem esse gostar, certamente, há muito tempo, teria deixado de escrever ou, pelo menos publicar ou editar livros.
Embora tenha começado muito cedo a escrever, só muito tarde, muito mesmo, reiniciei esta caminhada...e em boa hora o fiz, pois tem sido uma viagem de imenso prazer e porque não dizer: sucesso!
Obrigado a todos, especialmente aos que me lêem e gostam e também aos outros que não gostam, talvez porque não me lêem!

José Carlos Moutinho
9/1/2020

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

De mãos dadas (Áudio)


De mãos dadas


Pelos dedos do medo, 
chega-se ao horizonte da coragem, 
e nesta, atinge-se o patamar da heroicidade!

Herói, não é mais do que aquele, 
que, sobrevive nas condições mais difíceis, 
conseguindo proezas que, 
na normalidade jamais atingiria! 

Assim, tal como o amor e ódio, 
o medo e a coragem, 
andam sempre de mãos dadas, 
como velhos e eternos amigos!

E, se pensarmos serenamente 
naqueles que, no dia a dia, 
enfrentam a fome e o frio, 
que são eles, afinal, se não heróis?

A vida tem a proeza 
de, frequentemente, nos colocar à prova, 
quer queiramos quer não, 
vence quem na verdade é um combatente, 
logo é um verdadeiro herói. 

José Carlos Moutinho 
8/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Ai, se eu soubesse (Áudio)


Ai, se eu soubesse







Ai, se eu soubesse
que gostavas de luar
oferecia-te a lua,
e se gostasses de maresia
punha o mar aos teus pés,
mas se eu soubesse
que gostarias dos entardeceres
tirá-los-ia do tempo,
para, só tu, os usufruíres,
e se o perfume das flores te encantasse
transformaria todos os jardins
num só, para ti...

Ai, se eu soubesse
que o teu olhar gostava de absorver
todas a belezas do mundo,
eu inventaria algum processo
para que fossem só tuas,
e, se eu soubesse que teu desejo
era ser rainha,
então, talvez, eu me fizesse teu servo,
para te seguir até ao infinito…


Ai, soubesse eu que teus desejos eram utopia
tão improváveis, que parecem uma miragem,
talvez, jamais, tivesse eu escrito esta poesia
que aqui, fantasiei como uma exótica miragem

José Carlos Moutinho
7/1/2020

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Palavras frágeis

Palavras frágeis


Há palavras escritas, 
por vezes, ornamentadas de metáforas, 
tão frágeis como folhas matizadas de outono, 
e voam por aí, em desatino, 
sem que olhares sensíveis as admirem, 
ou que macias mãos as segurem, 
e essas palavras, entristecidas, 
levam-se em desânimo pelos ventos 
da inquietude!

Há momentos em que pensam 
ancorar-se a algum porto 
sem tempo de retorno, 
talvez, por se sentirem cansadas 
de tanto navegar, 
e desejarem encontrar a acalmia 
que as silencie por tempo indeterminado 
ou, quiçá, definitivamente, 

embora, certamente, 
falte, às palavras, a coragem 
para se ausentarem, 
por, talvez, sentirem a fraqueza da desistência 
ou a dor da frustração. 

José Carlos Moutinho 
2/1/2020

domingo, 5 de janeiro de 2020

Vem de longe

Sou exaltado voar dos meus anseios,
pouso aqui, ali, em qualquer lugar,
por vezes, perco-me em devaneios,
mas sempre com espírito de lá chegar

Sobrevoo vales, mares e montanhas
numa constante vontade de vencer,
sem nunca usar esquemas ou manhas,
há em mim, um permanente alvorecer

Vem de longe este meu desejo alado,
que, em sonhos não sonhados, eu tive,
algumas vezes, porém, fui derrotado,
a derrota tem a força que em mim vive

José Carlos Moutinho
11/12/19

Sou como o vento

Aldeia do Paraíso-Angola (Reportagem RTP África)

sábado, 4 de janeiro de 2020

A FORÇA DE AMAR

O meu mais recente romance, onde paixões exacerbadas, por vezes levam a finais improváveis.

      PEÇA-ME QUE O ENVIAREI PELO CORREIO


Desatino o meu

Procuro palavras que me falem,
escrevo-as, escrevo-as
e as palavras mantém-se silenciosas,
num silêncio exasperante
como se me ignorassem,
ou pior, me sorrissem, displicentes,
talvez me achando louco
por eu desejar que as palavras falem,


sei lá, talvez tenham razão,
e eu seja realmente louco
por insistir com as palavras para falarem,
ou por teimar em usá-las, 
tentando criar 
o que as palavras não me permitem!


Ai, as palavras...
Não! Ai...que desatino o meu!


José Carlos Moutinho
4/1/2020

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Abraça-me

Encosta-te a mim
e, simplesmente, abraça-me…

...podes contar-me teus segredos
libertar todos os teus medos,
falares-me dos teus desejos
e, se quiseres, oferecer-me teus beijos...

...mas se preferires silenciar
o que o teu coração desejava falar,
eu, a ti abraçado, aceitarei tua decisão
basta-me sentir-te nesta doce emoção...

...só te peço, tão somente,
que não soltes o teu quente abraço,
sinto que o teu coração não mente
e o meu, com o teu, bate em compasso...

...então, assim abraçados,
deixaremos que o tempo nos sorria,
e, se algum dia estivermos cansados,
pediremos à paixão a nossa alforria

José Carlos Moutinho
2/1/20


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Poeta exaltado

Poeta exaltado



Ah...poeta inquieto
que colocas nas tuas estrofes
o teu sentir desassossegado…

deixa que que a brisa passe
e o sonho se esvaneça,
porque a realidade não é utopia
e amanhã é outro dia,

sossega-te poeta dos silêncios magoados,
mas jamais cales as tuas dores
ainda que ninguém te escute
sentir-te-ás, certamente, aliviado,

Ah...poeta das ilusões,
fechas os olhos ao mundo
e pensas que todos são como tu…
como te enganas, meu sonhador,

a vida é um sonho 
em constante inquietude,
tal como tu,
e só tu poderás ter a força para mudar
porque o mundo jamais o fará,

e essa tua ansiedade permanecerá em ti,
se não soltares definitivamente as tuas aflições, 
ainda que o faças, somente, 
para o papel onde pintas o poema,

se o fizeres, poeta exaltado,
verás que terás a fortuna
de navegar em marés de acalmia
sob o sol da esperança.

José Carlos Moutinho
1/1/2020





segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Juro

Juro-vos que gostaria
de fazer um poema magistral,
daqueles que, ao ser lido,
exclamassem "uau",
não um "uau" de displicência
mas sim de admiração...

…Não sei porque se riram
se eu, inocentemente, 
vos abri o coração…
deviam pensar carinhosamente,
e não se acharem superiores…
vá lá, reconsiderem, 
não me pensem vaidoso ou presumido,
deixem de lado esse vosso escarnio,
tentem entender esta minha ambição,

mas... francamente, pensando bem, 
não devo estar a passar bem,
pois já não tenho idade
para sonhar deste modo,

é verdade...não tenho, 
mas como sonhar é gratuito
e escrever o tal poema
é obra dificilmente exequível,
deixo o meu desejo,
que não aquece nem arrefece,
mas permite-me libertar este anseio
que se instalou na minha mente
e me leva a estes pensamentos
que não chegam a lado algum.

José Carlos Moutinho
30/12/19

domingo, 29 de dezembro de 2019

Booktrailler de "A FORÇA DE AMAR"

Felicidade

...
Perdi-me entre sonhos
num voo de ilusórias utopias,
encontrei um oásis de esperança
na alvorada de felicidade do Novo Ano

José Carlos Moutinho
29/12/19

Se Dizes (Áudio)


Se dizes


Se dizes não gostar do que escrevo,
lamento,
mas nada posso fazer,
todavia, informo-te que não escrevo para ti,
em particular,
mas sim, para quem gosta de me ler,
e mesmo, na eventualidade,
de ninguém gostar de me ler,
ficas a saber, também,
que escrevo para libertar de mim
o fogo das palavras
que na minha mente
se faz vulcão de anseios!

As palavras com que visto
as minhas estrofes,
sejam em prosa ou poesia,
são caudais do rio imenso
que desliza no meu sentir,

e sobre esse rio, lamento por ti,
não tenho qualquer poder
porque a sua impetuosidade
ultrapassa-me na minha humilde vontade,
deixando-me, simplesmente,
fascinado a contemplá-lo
deixando que os textos
que vou escrevendo
sejam levados nas suas águas.

José Carlos Moutinho
29/12/19

sábado, 28 de dezembro de 2019

A FORÇA DE AMAR

Este livro, simples, como o autor, apesar da sua 3ª edição, continua a aguardar que o peçam. Trata-se de um romance de histórias simples da vida, onde o amor é o protagonista principal.
Enviem mensagens para o messenger
ou meu email: zemoutinho@gmail.com

Coisas do silêncio

Silencio-me neste silêncio que me abraça
e escuto o silêncio que me rodeia, silenciosamente, 
num silêncio que confunde 
o próprio silêncio das palavras caladas 
que acabei de colar no monitor silencioso
do meu computador...
fixo-me naquelas palavras mudas 
e, silencioso, observo-as,
deliciando-me com o seu silêncio, 
tão profundo,
como o silencio 
do meu pensamento.

José Carlos Moutinho
28/12/19

Adeus pobre 2019 Vem, corajoso, 2020





Tiveste o teu tempo
e a possibilidade de obteres a glória,
mas permitiste que te amordaçassem
e te cortassem as asas,
por isso voaste tão baixinho...
deixaste afogar, com plásticos, os teus mares,
não conseguiste evitar a destruição do ar
que tanta falta nos faz,
foste impotente na resistência ao derrube de árvores,
que tantos energúmenos governantes abateram,

agora que estás de partida,
faz alguma coisa de importante,
implora ao teu irmão, que está prestes a nascer,
que tenha mais coragem e carisma
para enfrentar a calamidade
que nos ameaça a todos,
que tenha força hercúlea para nos salvar
antes que não consigamos mais respirar
nem suportar o inferno escaldante que nos ameaça!

Adeus 2019,
podias ter sido melhor, mas foste fraco!

Esperamos-te 2020 com a força dos heróis,
e elimina as raízes daninhas
que envenenam
os jardins das nossas vidas.

José Carlos Moutinho
28/12/19

QUE SEJA UM BOM ANO

Olhando para o tempo ido, dou-me por satisfeito pelos resultados obtidos, tanto no campo pessoal como no da escrita. Obviamente, que, literáriamente, eu desejaria mais e mais, mas...era somente desejo, e estes, nem sempre correspondem ao nosso pensamento. 
Obrigado 2019, expectante, espero-te 2020, que tragas muita paz a este mundo perturbado.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Que...

...
Que os ventos não apaguem as marcas do tempo
e as noites não escureçam as lembranças,
que as madrugadas tragam memórias
e as brisas se aconcheguem nas saudades,
que as marés ofereçam maresias perfumadas
e as areias pintem momentos de alegria,
que as emoções não se escusem
aos abraços sinceros e apertados,
que as ilusões não feneçam
nos sonhos improváveis...

José Carlos Moutinho
27/12/19

sábado, 21 de dezembro de 2019

Vem aí o Inverno

Dizem que o inverno chega hoje,
vem pela madrugada,
talvez tentando enganar alguém desprevenido,
mas a verdade é que já anda por aí
e a fazer coisas que não devia,
depois culpa a elsa e o Fabien...
que coisa tão feia...
este inverno é meio descarado,
devia assumir as suas responsabilidades,
e não acusar os outros,
ora, era o que faltava,
manda-nos com chuva e vento de assustar
e diz que aparece de mansinho pela madrugada,
que vá bugiar e soprar para outro lado,
por aqui estamos fartos de o ouvir ganir
ou será o vento a silvar
mas que diz pertencer ao inverno,
portanto que venhas ó estação chata,
mas acaba lá com essas ventanias
e manda chuva, mas serena,
precisamos dela, mas não queremos cataratas,
a destruir os caminhos, as casas e sei lá que mais
ouviste bem, ó Inverno
que chegas esta madrugada?


José Carlos Moutinho
21/12/19

Psiu




Psiu...tu aí... 
sim, tu que estás a olhar para mim, 
queria lembrar-te de que estamos no Natal, 
não te peço nada material, 
quero sim, um abraço forte, vibrante 
e a tua amizade, 
não uma amizade fictícia, virtual, hipócrita, 
mas uma amizade de abraço apertado, 
sentido e bem sincero, 
daqueles abraços em que a alma rejubila de alegria 
e o coração bate mais forte, 
pela emoção do sentimento!

Consegues dar-me isso, 
tu aí, que me olhas espantado/a? 
Verás que não custa nada, 
basta soltares as tuas diferenças e mágoas 
e pensares que o mundo até é bom 
e os seres humanos 
são simplesmente humanos... 
e também por estamos no Natal, 
depois... 
depois voltamos a virar as costas 
uns aos outros, 
até ao próximo Natal. 

José Carlos Moutinho 
21/12/19


Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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