segunda-feira, 4 de março de 2024

#O universo conspira

 Quantas vezes…
à sombra dos murmúrios
se escondem marés agitadas
e ventos alísios de estranhos silvos…
 
Quantas vezes…
nas tardes sonolentas
pelo calor estival de pensamentos arredios
sufocados por atitudes vazias
são obstáculos ao respirar verdade…
 
Quantas vezes…
em primaveras de ilusões
florescem flores mortiças
coloridas de negro
em jardins de desencanto…
 
Quantas vezes…
o sol altivo e luminoso
se esconde, ignorando sorrisos falsos
e mergulha na penumbra
da indiferença…
 
Quantas vezes…
o luar de tons azul-celestes
ignora as noites castigadas
pela desumanidade
e pela ausência de humildade…
 
Ah…
mas quantas vezes…
o universo conspira,
e torna tudo o que era inútil e fútil
em alegria e felicidade,
quando bem-disposto, transforma a maldade
em simpatia, tentando parecer bondade,
Concede-nos marés, luar, sol e ventos,
engalanados de humanidade,
mostrando ao mundo
que todos nós, simples viajantes do tempo,
somos tão efémeros como o luar de uma noite
o sol de um dia
e as marés e ventos dos momentos passageiros! 

José Carlos Moutinho


domingo, 3 de março de 2024

#Lembrança adormecida

Ditosos  eram os dias daquele tempo
da juventude rebelde e muito feliz,
tão perto na memória e longe em lamento
que sinto, por não ter feito tudo que quis.
 
Ainda sinto o aroma das belas acácias
que perfumavam a ilusão dos meus sonhos
coloridos e inocentes sem falácias,
onde jamais cabiam os dias tristonhos.
 
Ai saudade, que moras no meu coração
tem pena da minha dor e vai-te embora
não adianta sofrer pelo que vivi outrora…
 
Foram anos de amor, quimeras e paixão
que passaram velozes na minha vida,
agora…deixo a lembrança adormecida.
 
José Carlos Moutinho 
20/2/16

#A FORÇA DE AMAR

 𝗤𝘂𝗲𝗺 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲 𝗲 𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀, 𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗷𝗼 é 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗰𝗵𝗲𝗴𝘂𝗲𝗺 à𝘀 𝗺ã𝗼𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗼𝗿𝗲𝘀...

*************

𝗱𝗼 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥, 𝗲𝗶𝘀, 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗲𝗿𝘁𝗼:

..."Luísa aproxima-se do seu local de trabalho, dando dois beijos na face do companheiro que retribui e com um até logo se afasta.
E o logo demorou a chegar, mas mesmo lento acabou por se apresentar às 19h20, como de costume, na plataforma da estação do Bolhão.
Nos dias seguintes, e foram cinco, só em um Álvaro Campelo não esteve presente. Porém, nesse quinto dia, enquanto o metro devorava o percurso da curta viagem, a conversa já se desenvolvia mais solta, mais confiante, vinda da continuidade dos dias anteriores. Luísa sentia que aquele homem era o seu amor, o homem de sua vida. Ele era tão carinhoso, tão afável, tão doce e falava tão bem, numa voz de mel grave, quente.
Estava totalmente rendida. Não podia enganar-se, pensava com alegria e a felicidade inundava-lhe o coração, o corpo, a alma.
E antes do término da viagem dela ele convidou-a para jantar.
Para coração, porque tanto pulas dentro do meu peito, aquieta-te é só um jantar, gritava uma voz dentro dos seus pensamentos"...

𝐇𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐞𝐬, 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐨



sexta-feira, 1 de março de 2024

#Divulgação

Divulgação...
para quem tiver curiosidade em me ler...



#Abraço de Amizade

Vou por aí, sem destino
quem quiser venha comigo
sou ribatejano, mas não campino
quem comigo for é meu amigo
 
Percorremos a lezíria de lés a lés
para apreciar a extensa paisagem
ainda que se cansem nossos pés
não faremos nenhuma paragem
 
Quando chegarmos ao final
Da viagem que encetámos,
Diremos que lindo é Portugal
Ficaremos tristes se pararmos
 
Seguiremos por outro caminho
Até que a alma nos doa de saudade
Então cantemos muito baixinho
E demo-nos um abraço de amizade
 

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

#HUMANIDADE EM DESVARIO

#Humanidade em desvario

 

Uivam, ferozes, os ventos
trovejam os canhões
sibilam os mísseis
assobiam as balas
voando como abutres, aviões matam,
tanques espezinham fatalmente
casas que se desmoronam,
transformam-se em pó,
soterrando pessoas e animais,
choram as crianças
gritam as mulheres
morrem os homens!
 
O mundo desfigura-se,
conflitos estúpidos acontecem
cada vez mais frequentes,
grita-se, esbraceja-se
mas as vozes da razão
são incapazes de penetrar
as gélidas mentes da incongruência!
 
De tempos em tempos
surge um louco
acometido de escuridão da maldade
pensando-se um ser iluminado
pela razão que é só dele
contrariando a assertividade da verdade
e do sentir da humanidade…
 
Que mundo é este
tão depravado e sem sentido
desprovido de sentimentos
que se vão configurando normalidade aflitiva?
 
Dói-me a alma,
aperta-se-me o peito
ao ver tanta dor,
tanta morte inútil e estúpida
que nos é apresentada a cada dia
pela frieza dos canais de televisão!
 
Tudo já parece natural
tão vulgares se vão tornando
as imagens de gente desabrigada,
com frio e esfomeada,
gente inocente
cuja culpa é a de estarem em local errado
em momentos errados…
 
Que futuro terá este nosso mundo
e o seu povo tão sofrido,
nesta atrocidade tão dolorida
não só pelas guerras,
mas, também, e premente pela fome
que grassa em tantos países
onde os mandantes são nababos
a viver como senhores alambazados!
 
Sinceramente…
não consigo imaginar solução
para este desvario da humanidade…
onde a harmonia e os afectos esmorecem
e o amor agonizante vai morrendo!
 
Peço-te ó paz, serena paz
que não te ausentes,
não abandones este povo terráqueo
que tanto tem sofrido.
 
José Carlos Moutinho 
28/2/2024



quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

#Orvalho da manhã no rosto

 

Na face tranquila, o orvalho repousa, 

Cristais pequeninos, luz da madrugada, 

Sussurro da brisa, a pele acaricia, 

E o rosto sereno, a natureza abraça. 

 

Gotas tão ligeiras, toque de frescura, 

Espelhos do céu, em suave encontro, 

Despertam sentidos, na calma da hora, 

Onde cada gota, é um verso que conto. 

 

No orvalho, há segredos, de noites passadas, 

Histórias de lua, estrelas distantes, 

Na pele, se escrevem, em linhas prateadas, 

Poemas de vida, instantes vibrantes. 

 

Assim, cada manhã, renova a promessa, 

De dias que vêm, com novos desafios, 

O orvalho no rosto, natureza confessa, 

Em cada amanhecer, seus mais doces brios

 

José Carlos Moutinho

25/2/2024

 

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

# Bucólico lirismo

No vale onde o rio serpenteia, 
e o céu beija as montanhas, e a brisa 
traz o perfume das flores campestres, 
ali, meu coração encontra paz
 
Sob a sombra de um velho carvalho, 
escuto o canto do rouxinol, 
e as ovelhas, em rebanhos, pastam 
ao som suave do cajado do pastor 
 
As vinhas, em linhas ordenadas, 
escondem segredos de néctares divinos, 
e os frutos, com cores de rubis, 
são beijos doces da terra aos meninos
 
Aqui, onde o tempo se desfaz, 
e a natureza dita o compasso, 
a vida flui sem pressa ou temor, 
num eterno e lírico abraço
 
José Carlos Moutinho

26/2/2024

 


domingo, 25 de fevereiro de 2024

#Amizade é saber amar

Amizade, é estrela guia, 
luz que nos caminhos brilha, 
em cada riso, uma partilha, 
em cada abraço, alegria 
 
Companheiros de jornada, 
sempre unidos pelo coração 
na tristeza ou na emoção, 
há sempre mão estendida
 
Sentimentos fraternos, laços, 
que o tempo não desfaz, 
nos bons e maus passos, 
amigos são verdadeira paz  
 
Na tempestade, o abrigo, 
no deserto, o verde oásis, 
amizade é caminho antigo 
e novo que sempre satisfaz
 
Amizade não permite traição
nem mentira, nem o engano
na sinceridade existe a razão
que faz evitar qualquer dano
 
Entre risos e lágrimas partilhadas, 
cresce um amor que não se mede 
nas horas tristes ou animadas, 
amigo é quem sempre se atreve  
a estar, a ouvir, a compreender, 
sem julgar, apenas querer ser, 
um porto seguro onde ancorar, 
amizade, evidente saber amar 
 
José Carlos Moutinho

22/2/2024

 


#Uma vontade

Tive o prazer e a honra de ter um poema musicado pelo amigo e músico José Silva.
O poema está inserido no livro Cais da Alma (meu 1º livro publicado)

Uma vontade

Ilumina-se a Terra,
Chovem estrelas de fraternidade, O sol tem mais brilho,
É mais límpido;
O luar é mais luminoso,
Mais romântico;
As pessoas sorriem,
Cantam,
Confraternizam,
Partilham,
Acabou a fome;
Uniram-se as pessoas do globo,
Falam uma língua universal única
A do amor;
Acabaram-se as guerras,
O ar que se respira é mais puro.

Afinal, o que aconteceu,
Milagre,
sonho?
Não!
Somente a utopia de um desejo
Uma imensa vontade
De que fosse realidade

José Carlos Moutinho
In “Cais da Alma




quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

# Utopia da poesia

Quantas vezes…acontece
sentar-me de frente do computador
sem ideias, sem projectos
sem qualquer imaginação…
 
Porém, vindo do nada,
surge o verso
aquela linha de escassas palavras
que consegue espoletar
a continuação de mais um verso
e, sem me aperceber
surge outro e outro e outro
 
Como o milagre
do oásis no inóspito deserto
nasce um aglomerado de palavras
num abraço de versos
embrenhados na singeleza das estrofes
 
Será poema,
será uma confusão de letras…
sinceramente…
não sei explicar este fenómeno
da criação de textos
 
Sei, todavia, com a mais pura convicção
de que escrever,
faz parte da minha essência
sem me considerar mais que alguém
não sou, absolutamente nada mais,
do que aquele que não tem o dom da escrita
 
Mas…estou convicto de que sou um felizardo
e isso dou como garantia,
com toda a minha humildade
de alma plena de felicidade
que suspira instantes de emoção
 
Estou grato aos deuses das escritas
por me terem contemplado
com este prazer meu
de criar com as palavras
ideias metamorfoseadas
em paixão, ilusão, verdade, amor
e uma infinidade de tantos sentires
que perpassam pela utopia da poesia
 
José Carlos Moutinho 
20/2/2024

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

#UTOPIA DA POESIA

#Que será o amor?

 Que será o Amor?
 
Amor é mais do que uma palavra
é um fervoroso sentimento que nos invade
uma força que nos move
uma intensa luz que nos ilumina
é um olhar que entorpece os sentidos
 
Amor é mais do que um desejo
é uma escolha que nos compromete
uma entrega que nos transforma
será uma graça que nos enriquece
é o beijar que enlouquece
 
Amor é mais do que uma paixão
é uma profunda amizade que nos une
é alegria contagiante que anima a vida
é o calor vulcânico do abraço
na felicidade que sustenta a harmonia
 
José Carlos Moutinho 
20/2/2024



 

 


terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

#ABSORTO OLHAR


 

#AI, SONHO DO MEU SONHAR


 

#𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥

 Excerto do romance

𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥

..."- Senta-te ali no sofá, meu doce – diz Álvaro, com gentileza
A jovem acedeu ao pedido do anfitrião, dizendo:
- Gosto deste teu espaço, é simples, mas bonito e o lugar onde se situa é interessante. Nunca eu tinha vindo à Maia
- E tenho uma surpresa para ti. Fiz o jantar para nós os dois e esta, hem?
- Não acredito, olha que eu não quero morrer – responde a brincar, mas feliz Luísa
- Vais ter uma surpresa, nem te digo o que é, só espero que gostes
- De certeza que gosto, não há nada que eu não coma
- Ainda bem. Vamos regalar-nos com um pitéu que eu gosto muito e sei que faço muito bem. Também comprei um bom vinho para o acompanhar – gabou-se Álvaro, que se sentou no sofá ao lado de Luísa, agarrou-a pelos ombros, puxando-a a si, beijou-a profundamente. Um beijo que Luísa jurou para si, que nunca tinha recebido em toda a sua vida outro igual"...


𝗟𝗲𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗶𝘅ã𝗼 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮𝘀 𝘃𝗲𝘇𝗲𝘀 𝘀𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮 𝗲𝗺 𝗳𝗿𝘂𝘀𝘁𝗿𝗮çã𝗼.
𝗘𝗻𝘃𝗶𝗼 𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗰̧𝗼 𝗿𝗲𝗱𝘂𝘇𝗶𝗱𝗼, 𝗽𝗼𝗶𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗲́ 𝗮 𝟱ª 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

#Stock de agora...

 
Stock de agora...

Sempre escrevi com paixão,
será boa ou não minha escrita
dirá quem se achar com razão
mas que não faça qualquer fita

Esta foto mostra o meu stock
de 4 dos meus livros recentes
publicar livros é sentir o toque
das palavras assim tão quentes

Não os quero nesta prateleira
façam, pois, favor de os pedir
não haverá melhor maneira
para os apreciar ou desiludir

José Carlos Moutinho
2024



#Se alguém

Se alguém perguntar por mim
digam que estou por aqui
não precisam de caminhar muito
porque a distância entre mim e o abraço
é tão curta que qualquer pessoa me encontra

se porventura, tiverem alguma dificuldade
olhem o céu azul, conversem com as nuvens
e elas, certamente, dirão de mim

e se mesmo assim, não obtiverem resposta
então dirijam-se ao mar,
olhem com atenção o movimento das ondas,
observem o dourado das areias da praia…
olhem em vosso redor,
sem pressas nem nervosismos,
concentrem-se no reflexo do sol
sobre o dorso do mar
e, certamente, poderão contemplar
a miragem dos meus sonhos…
 
é lá, na falésia do tempo,
que me encontrarão a escrever
sobre abraço, céu, nuvens, mar, e areias…
este poema…com que, agora, vos agracio
 
José Carlos Moutinho
19/2/2024



#Minha terra era pequena (Sobralinho)

A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho eu nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi

Na escassez nasci num belo palácio

Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…

Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu

Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia

José Carlos Moutinho
8/3/18

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

# Intrigas


Agitaram-se as vontades de inverno
quando naquela tarde se encontraram,
ausentara-se o ambiente fraterno,
perdido da amizade que os marcaram
 
Intrigas, maldade, voz sem razão,
que em desavenças se vão transformar,
perde-se a amizade morre a emoção,
é esquecido um passado exemplar
 
Assim é a vida, estrada sinuosa
com obstáculos para ultrapassar,
fugindo sempre de gente ardilosa…
 
Então, se deste modo procedermos,
certamente a paz vamos encontrar
e com felicidade viveremos!
 

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

#Duas Metades

 Eis um poema com 8 anos e picos...


𝐃𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬

𝐌𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐞́ 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚
𝐀 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐢𝐧𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐚,
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐅𝐚𝐫𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐮𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐍𝐮𝐦 𝐠𝐫𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨𝐱𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐭𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞…

𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦
𝐄́ 𝐭𝐚̃𝐨 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐃𝐚𝐪𝐮𝐢𝐥𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮,
𝐂𝐫𝐞𝐢𝐨-𝐦𝐞 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐨
𝐃𝐮𝐯𝐢𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐚𝐦,

𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐫𝐞𝐛𝐞𝐥𝐝𝐞
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐨𝐛𝐞𝐝𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐄 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐭𝐢𝐧𝐚𝐦
𝐄𝐮 𝐧𝐚̃𝐨 𝐬𝐨𝐮 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐒𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐮𝐧𝐢𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨́𝐫𝐝𝐢𝐚
𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬…
𝐀 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐨𝐛𝐞𝐝𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚 𝐞́ 𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚
𝐏𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐛𝐞𝐥𝐝𝐢𝐚 𝐢𝐧𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐎𝐮 𝐯𝐢𝐜𝐞-𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚…
𝐒𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐦𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐞𝐧𝐜𝐞
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐚𝐦 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐬𝐞𝐫.

𝐒𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐢𝐚 𝐞 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐀 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐧𝐨𝐬𝐭𝐚𝐥𝐠𝐢𝐚 𝐞 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐄 𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐀𝐧𝐮𝐥𝐚 𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐎𝐮 𝐯𝐢𝐜𝐞-𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚…

𝐐𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐞𝐮 𝐞𝐧𝐭𝐚̃𝐨, 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐨𝐮 𝐭𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐭𝐮𝐝𝐨,
𝐒𝐞 𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦, 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐋𝐞𝐯𝐚𝐫-𝐦𝐞-𝐞𝐢 𝐚 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨
𝐍𝐨 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥…

𝐂𝐫𝐞𝐢𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦,
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐦 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬,
𝐒𝐨𝐮 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐮𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐯𝐢𝐬𝐢́𝐯𝐞𝐥 𝐞 𝐮𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝟔/𝟏𝟐/𝟏𝟓

#A FORÇA DE AMAR

 Do meu romance 𝐀 𝐅𝐎𝐑𝐂̧𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑,

ficção acontecida na cidade do Porto...este pedacinho da sua história:

..."Sentados à mesa de trabalho, tendo como companheiros, um copo com whisky, Álvaro começou por dizer:
- Lembras-te Serafim, que eu te contei ter-me envolvido com uma rapariga lá do Norte, não te lembras?
- Recordo-me perfeitamente e tu se bem te lembras, repreendi-te por te meteres em aventuras, sendo casado e com 3 filhos
- Sim e tinhas muita razão, mas não resisti aos meigos olhares dela, no restaurante onde almoçávamos – continuava Álvaro concentrado na sua história e com esperança de que o amigo lhe desse alguma sugestão para sair deste imbróglio sentimental"...

Se interessar...aguardo o seu pedido...




quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

#Dia de S. Valentim (dos namorados)

 

E nosso dia, minha namorada
deixo-te um beijo com ternura
apesar de vivência cansada
o meu coração sente fervura

É um dia como outro qualquer
neste nosso viver em correria
por seres importante, mulher
levou-me a fazer esta poesia
 
Que nosso namoro seja eterno
neste nosso viajar pelo tempo
mesmo que ele seja moderno
sempre o vivemos com alento
 
José Carlos Moutinho
14/2/2024

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

#Sonhar

 Sonhar,

Não há idade para sonhar, verdade
o sonho não tem peso nem preço
que se sonhe ficção ou realidade
sonhar é viver neste mundo travesso

#A FORÇA DE AMAR

 

Excerto do PREFÁCIO de Ana de Albergaria a A FORÇA DE AMAR 

A “Força de Amar” será, sem dúvida, a maior força da natureza Humana. 

Quando um escritor nos consegue levar, sem sentirmos cansaço ou desinteresse, pelos múltiplos atalhos e veredas do quotidiano de quem ama, então estamos perante um livro, ou uma história, que consegue entrar na nossa própria história, por simbiose perfeita com a similitude às relações e sentimentos que estabelecemos entre nós. 

José Carlos Moutinho, já nos habituou à centralidade do “Ser Humano”, nas suas obras. Aqui, renova essa centralidade e vai mais além, ao tecer um romance com múltiplos romances, uma história com múltiplas histórias – interligadas entre si, direta ou indiretamente, por uma força maior. 

“Força de Amar” leva-nos assim à diversidade complexa, e ao mesmo tempo simples de tão natural que é, do que é existir em relação com o “outro”; do que é “Amar” na contemporaneidade de novos valores, neste, também ainda novo, século XXI.



# Ignorar o óbvio

Sim, realmente escrevo por teimosia
porque o jardim à beira mar plantado
por onde eu navego palavras e poesia,
está a tornar-se cada vez mais agitado

Porém, resiliente, louco como o poeta

vou tentando ignorar o óbvio presente
para conseguir, ousado, chegar à meta
tento evitar que esta vontade se ausente

José Carlos Moutinho
9/2/2024

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

#Sem respostas

Trago no meu peito
Um mundo de perguntas
Que em nenhum tempo
consegui obter respostas,
 
são dúvidas, mágoas e queixumes
que as tardes de Inverno inventaram
e que as Primaveras calaram
escondendo-as nas pétalas das flores
que secaram nos dias matizados do Outono!
 
E as mágoas, queixumes e dúvidas
permanecem no meu peito
apesar de se sentirem afogueadas
pelo calor, não se permitem responder-me!
 
Quedo-me num dilema que me faz perdido
Sem saber se as respostas virão
Ou se são somente ideias minhas em desatino
Sem direito ao conhecimento
Porque, simplesmente, não existem!
 
Não sei de nada,
Já nem sei, verdade, se senti algo
Ou se o meu peito se descontrolou
Quiçá, por alguma brisa passageira
Vinda nas asas de algum sonho
Que a mim chegou nos braços de um desejo
Pela imagem de uma bela mulher
 

José Carlos Moutinho




quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

#Afecto, puro sentimento

 

Num desejado mundo tecido pelo afecto, a amizade é a linha dourada que une corações. É uma dança delicada de dar e receber, um laço que se fortalece em cada sorriso compartilhado, em cada palavra de conforto, em cada gesto de bondade.
 
E nessa dança, a dignidade é o ritmo constante, a batida silenciosa que ressoa em cada movimento, em cada passo. É a quietude no olhar de quem sabe o seu valor, a força tranquila de quem se mantém firme na tempestade.
 
E por falar em liberdade? Ah, a liberdade é a música que embala essa dança. É a melodia doce e suave que flui como um rio, envolve e eleva, permitindo que cada um se mova no seu próprio ritmo, consiga seguir o seu próprio caminho. É o vento que sopra suavemente, acariciando os rostos e agitando os cabelos, sussurrando canções de possibilidades infinitas.
 
Assim, afecto, amizade, dignidade e liberdade dançam juntos, colorindo o jardim da vida. Poderão, no poema, serem separados por estrofes, mas entrelaçados em cada linha, presentes em cada palavra. Pois esses valores são, indubitavelmente, poesia da existência, a canção do ser.
 
José Carlos Moutinho 
7/2/2024

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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