sexta-feira, 22 de março de 2024
quinta-feira, 21 de março de 2024
#Eu e a escrita
através dos versos, por mim criados
jamais me julguei alguém na história
dos poetas e escritores consagrados
Sou, simplesmente, um sonhador
que, com palavras pintadas de cores,
vai permitindo a imaginação voar
como voam as belas pétalas de flores.
José Carlos Moutinho
21/3/2024
#O encanto da poesia
onde as palavras dançam como folhas ao vento
cada verso, um pincel mergulhado na paleta da ilusão
pintando no oásis da mente, telas de imaginação…
Ela é mar em calmaria e tempestade,
ondas que embalam sonhos, marés de saudade
nas profundezas de seus versos, o mundo se reflecte
espelho d'água da alma, onde o tudo se completa…
Num sussurro de rima, ela fala de amor
ecoa nos corações, um doce clamor
é fogo que arde sem se ver, luz na escuridão
aquece a frieza do inverno, com sua canção…
Poesia, bailarina entre o real e o abstracto
gira, leve, no palco do infinito, sem recato
cada palavra, um passo, cada estrofe, um salto
no seu dançar, o universo sorri, canta mais alto
Será vinho que embriaga, sem deixar ressaca
na taça da inspiração, em cada gole, nova emoção
é alimento da alma, o pão que nunca se acaba
na mesa do poema, cada verso sacia, abraçando!
José Carlos Moutinho
21/3/2024
#World Poetry Anthem
inserido numa gravação, evocando a poesia,
neste hino do grupo World poetry Anthem.
quarta-feira, 20 de março de 2024
#Chegou a Primavera
A Primavera chega, suave e singela,
com seu manto verde, bordado de flor
desperta a terra com sua aguarela
pincela a vida com muito mais frescor
Os dias crescem, o sol até se demora
no céu, as andorinhas em dança pairam
cada rebento que nasce, esperança aflora
nos campos, as cores vivas desabrocham
Rios cantam em coro com as chuvas novas
montanhas vestem-se de um verde novo
a brisa traz extasiante, o perfume das rosas
o mundo renova-se em ritmo mais suave
Oh, Primavera, estação dos amores
de dias risonhos e noites serenas
tu és a musa dos meus versos flores
a inspiração dos poetas e suas penas
José Carlos Moutinho
domingo, 17 de março de 2024
#Foi “ontem”
de um longo sono, arrastado pelo tempo
…Até “ontem”
quando, inesperadamente,
abri os olhos,
agarrei a caneta,
deixei a minha alma voar livre,
como andorinha na Primavera
e, como milagre,
essa Primavera surgiu em mim,
através das palavras que fui pintando
com as mais belas cores,
simples, mas intensas de sentimento!
Alguém disse que eram poemas,
a mim soavam-me a gritos de liberdade,
uma liberdade que eu sentia ter estado ancorada
no meu peito, durante tantos anos,
e, “ontem”…
sim, “ontem” soltou-se
e navegou pelas folhas de papel
como se aquelas, fossem ondas do mar imenso
que havia em mim, desde a juventude;
Eu…que procurei equilibrar-me da emersão
após o naufrágio de tanto tempo,
remei como podia,
com versos rimados
e tímidas metáforas,
e, os tais poemas ou gritos de liberdade,
fizeram-se canoas,
deixaram-se levar pelas utopias da vida,
construíram realidades!
Encontrei o meu Porto de Abrigo,
no “Cais da Alma”
meu primeiro livro, nascido em 2011.
José Carlos Moutinho
domingo, 10 de março de 2024
#A saudade e o poeta
Há quem ache por bem criticar
quem gosta de recordar passado
eu não entendo esse tal pensar
relembrar é sentir-se abraçado
Porque passado liga ao presente
este será pois, passado no futuro
lembro, e que fique bem assente
a lembrança é como porto seguro
Nostalgia não é doença, para mim
saudoso, outrora gosto de lembrar
minha vida foi florida como jardim
deixem-me serenamente recordar
Se em poema eu canto a saudade
creiam, que não existe patologia
é simples momento de liberdade
porque vivo o passado em poesia
Nem todo o poema tem que ser
reflexo da alma de quem escreve
a escrita é a que o poeta recolher
na fonte da inspiração onde bebe
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 8 de março de 2024
#A ti, Mulher
É 𝘂𝗺 𝗦𝗲𝗿 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝗶𝗮𝗹...
𝗠𝗨𝗟𝗛𝗘𝗥...𝗾𝘂𝗲 𝗵𝗼𝗷𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗱𝗶𝗮 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝗶𝗮𝗹.
A ti, Mulher
Mulher…Ah, mulher
És um ser tão especial,
Por vezes, estranho e complicado…
Podes até, não ser linda fisicamente
Mas poderás ser dona de uma outra beleza
Que te engrandece ainda mais como pessoa,
O teu carácter, tua postura perante a vida
Ao enfrentares dissabores e dores!
Quantas vezes és tu a timoneira do navio
Que comandas corajosamente
pelo mar das agruras
vindas nas ondas da infelicidade…
Mulher…Ah, mulher,
És avó, mãe, filha e irmã,
És útero fecundante
És sofrimento no parto,
E és amor ao filho que te repudia,
És realmente muito especial, mulher
Merecedora de homenagem,
Não de um dia,
Mas de todos os dias de tua vida!
Tanto podes ter a delicadeza da mais bela flor,
Como também podes ser espinho de revolta
Do cardo que magoa,
Tens nas tuas mãos o mundo, na carícia
E o sussurro da morte no ódio
da frustração!
Mulher, mulher
Sem ti a vida não existiria
A continuidade da vida seria finita
Porque deixaria de haver nascimento,
Tu, mulher, és a fonte da procriação!
Presto a minha homenagem a ti, mulher
Com todos os teus defeitos
que até poderão ser muitos,
mas homenageio-te principalmente
pelas tuas virtudes que são imensas,
Bem Hajas, mulher do mundo!
José Carlos Moutinho
8/3/2024
quinta-feira, 7 de março de 2024
#Serenidade
são tantas as mágoas sofridas
que nem com o tempo as esquecemos
porque deixam profundas feridas
Com coragem e serenidade
vai-se vivendo o melhor possível
porque é esta a nossa realidade
conviver com gente tão insensível
Haja, porém, muita fé e esperança
quiçá, um dia tudo se modifique
vida é, também, feita de bonança
Com paz, harmonia e serenidade
todos nós ansiamos se aplique
neste nosso mundo, com verdade
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 6 de março de 2024
# Versos repentinos
a brisa que, serenamente, por mim passa
quero que ela me deixe amor de irmãos
com a mais pura emoção de quem abraça
Se por acaso a brisa ao meu desejo recusar
pedir-lhe-ei que não se esqueça do pedido
que numa outra sua passagem fale a cantar
alegrando-me se meu anseio for concedido
Neste meu jeito sonhador de colorir utopia
que a ninguém prejudica, pode até agradar
pois a criação de estrofes oníricas em poesia
é uma maneira de vos mostrar o que é amar
Assim vos deixo com a vida em doce ilusão
viver é sorrir, beijar, amar aqui ou ao luar
é sentir tristeza, alegria, dor e forte emoção
a vida corre com a celeridade de um acabar
José Carlos Moutinho
terça-feira, 5 de março de 2024
#LEVAREI TODAS AS PALAVRAS
Um dia partirei…
levarei comigo todas as palavras.
Depois, no silêncio de mim, inventarei sonhos
em improváveis poemas utópicos.
Talvez me leve a pintá-los
com metáforas que nunca imaginei e os coloque no colo da brisa
ou nos braços do luar, e os envie para o lugar
de onde, um dia, eu parti,
porque quiçá tenha ficado em mim o anseio de que tenha deixado
por cá algo de positivo,
quando as palavras não eram pacíficas como serão certamente mais tarde!
Não sou dono das palavras em geral, então…
quis dizer que as palavras que eu levarei
serão somente as minhas,
que não foram pertença de ninguém,
quando, com elas,
eu evitava melindrar quem as lesse, mas tão-somente era meu desejo colocar nelas todo o meu sentir, pleno de emoção e quimera,
como se eu fosse algum poeta sonhador.
José Carlos Moutinho
In “SONHO OU ILUSÃO”
segunda-feira, 4 de março de 2024
#O universo conspira
à sombra dos murmúrios
se escondem marés agitadas
e ventos alísios de estranhos silvos…
Quantas vezes…
nas tardes sonolentas
pelo calor estival de pensamentos arredios
sufocados por atitudes vazias
são obstáculos ao respirar verdade…
Quantas vezes…
em primaveras de ilusões
florescem flores mortiças
coloridas de negro
em jardins de desencanto…
Quantas vezes…
o sol altivo e luminoso
se esconde, ignorando sorrisos falsos
e mergulha na penumbra
da indiferença…
Quantas vezes…
o luar de tons azul-celestes
ignora as noites castigadas
pela desumanidade
e pela ausência de humildade…
Ah…
mas quantas vezes…
o universo conspira,
e torna tudo o que era inútil e fútil
em alegria e felicidade,
quando bem-disposto, transforma a maldade
em simpatia, tentando parecer bondade,
Concede-nos marés, luar, sol e ventos,
engalanados de humanidade,
mostrando ao mundo
que todos nós, simples viajantes do tempo,
somos tão efémeros como o luar de uma noite
o sol de um dia
e as marés e ventos dos momentos passageiros!
José Carlos Moutinho
domingo, 3 de março de 2024
#Lembrança adormecida
da juventude rebelde e muito feliz,
tão perto na memória e longe em lamento
que sinto, por não ter feito tudo que quis.
Ainda sinto o aroma das belas acácias
que perfumavam a ilusão dos meus sonhos
coloridos e inocentes sem falácias,
onde jamais cabiam os dias tristonhos.
Ai saudade, que moras no meu coração
tem pena da minha dor e vai-te embora
não adianta sofrer pelo que vivi outrora…
Foram anos de amor, quimeras e paixão
que passaram velozes na minha vida,
agora…deixo a lembrança adormecida.
José Carlos Moutinho
#A FORÇA DE AMAR
𝗤𝘂𝗲𝗺 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲 𝗲 𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀, 𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗷𝗼 é 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗰𝗵𝗲𝗴𝘂𝗲𝗺 à𝘀 𝗺ã𝗼𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗼𝗿𝗲𝘀...
*************
𝗱𝗼 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥, 𝗲𝗶𝘀, 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗲𝗿𝘁𝗼:
..."Luísa aproxima-se do seu local de trabalho, dando dois beijos na face do companheiro que retribui e com um até logo se afasta.E o logo demorou a chegar, mas mesmo lento acabou por se apresentar às 19h20, como de costume, na plataforma da estação do Bolhão.
Nos dias seguintes, e foram cinco, só em um Álvaro Campelo não esteve presente. Porém, nesse quinto dia, enquanto o metro devorava o percurso da curta viagem, a conversa já se desenvolvia mais solta, mais confiante, vinda da continuidade dos dias anteriores. Luísa sentia que aquele homem era o seu amor, o homem de sua vida. Ele era tão carinhoso, tão afável, tão doce e falava tão bem, numa voz de mel grave, quente.
Estava totalmente rendida. Não podia enganar-se, pensava com alegria e a felicidade inundava-lhe o coração, o corpo, a alma.
E antes do término da viagem dela ele convidou-a para jantar.
Para coração, porque tanto pulas dentro do meu peito, aquieta-te é só um jantar, gritava uma voz dentro dos seus pensamentos"...
𝐇𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐞𝐬, 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐨
sexta-feira, 1 de março de 2024
#Abraço de Amizade
quem quiser venha comigo
sou ribatejano, mas não campino
quem comigo for é meu amigo
Percorremos a lezíria de lés a lés
para apreciar a extensa paisagem
ainda que se cansem nossos pés
não faremos nenhuma paragem
Quando chegarmos ao final
Da viagem que encetámos,
Diremos que lindo é Portugal
Ficaremos tristes se pararmos
Seguiremos por outro caminho
Até que a alma nos doa de saudade
Então cantemos muito baixinho
E demo-nos um abraço de amizade
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
#Humanidade em desvario
Uivam, ferozes, os ventos
trovejam os canhões
sibilam os mísseis
assobiam as balas
voando como abutres, aviões matam,
tanques espezinham fatalmente
casas que se desmoronam,
transformam-se em pó,
soterrando pessoas e animais,
choram as crianças
gritam as mulheres
morrem os homens!
O mundo desfigura-se,
conflitos estúpidos acontecem
cada vez mais frequentes,
grita-se, esbraceja-se
mas as vozes da razão
são incapazes de penetrar
as gélidas mentes da incongruência!
De tempos em tempos
surge um louco
acometido de escuridão da maldade
pensando-se um ser iluminado
pela razão que é só dele
contrariando a assertividade da verdade
e do sentir da humanidade…
Que mundo é este
tão depravado e sem sentido
desprovido de sentimentos
que se vão configurando normalidade aflitiva?
Dói-me a alma,
aperta-se-me o peito
ao ver tanta dor,
tanta morte inútil e estúpida
que nos é apresentada a cada dia
pela frieza dos canais de televisão!
Tudo já parece natural
tão vulgares se vão tornando
as imagens de gente desabrigada,
com frio e esfomeada,
gente inocente
cuja culpa é a de estarem em local errado
em momentos errados…
Que futuro terá este nosso mundo
e o seu povo tão sofrido,
nesta atrocidade tão dolorida
não só pelas guerras,
mas, também, e premente pela fome
que grassa em tantos países
onde os mandantes são nababos
a viver como senhores alambazados!
Sinceramente…
não consigo imaginar solução
para este desvario da humanidade…
onde a harmonia e os afectos esmorecem
e o amor agonizante vai morrendo!
Peço-te ó paz, serena paz
que não te ausentes,
não abandones este povo terráqueo
que tanto tem sofrido.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
#Orvalho da manhã no rosto
Na face tranquila, o orvalho repousa,
Cristais
pequeninos, luz da madrugada,
Sussurro
da brisa, a pele acaricia,
E
o rosto sereno, a natureza abraça.
Gotas
tão ligeiras, toque de frescura,
Espelhos
do céu, em suave encontro,
Despertam
sentidos, na calma da hora,
Onde
cada gota, é um verso que conto.
No
orvalho, há segredos, de noites passadas,
Histórias
de lua, estrelas distantes,
Na
pele, se escrevem, em linhas prateadas,
Poemas
de vida, instantes vibrantes.
Assim,
cada manhã, renova a promessa,
De
dias que vêm, com novos desafios,
O
orvalho no rosto, natureza confessa,
Em
cada amanhecer, seus mais doces brios
José
Carlos Moutinho
25/2/2024
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
# Bucólico lirismo
e o céu beija as montanhas, e a brisa
traz o perfume das flores campestres,
ali, meu coração encontra paz
Sob a sombra de um velho carvalho,
escuto o canto do rouxinol,
e as ovelhas, em rebanhos, pastam
ao som suave do cajado do pastor
As vinhas, em linhas ordenadas,
escondem segredos de néctares divinos,
e os frutos, com cores de rubis,
são beijos doces da terra aos meninos
Aqui, onde o tempo se desfaz,
e a natureza dita o compasso,
a vida flui sem pressa ou temor,
num eterno e lírico abraço
José Carlos Moutinho
26/2/2024
domingo, 25 de fevereiro de 2024
#Amizade é saber amar
luz que nos caminhos brilha,
em cada riso, uma partilha,
em cada abraço, alegria
Companheiros de jornada,
sempre unidos pelo coração
na tristeza ou na emoção,
há sempre mão estendida
Sentimentos fraternos, laços,
que o tempo não desfaz,
nos bons e maus passos,
amigos são verdadeira paz
Na tempestade, o abrigo,
no deserto, o verde oásis,
amizade é caminho antigo
e novo que sempre satisfaz
Amizade não permite traição
nem mentira, nem o engano
na sinceridade existe a razão
que faz evitar qualquer dano
Entre risos e lágrimas partilhadas,
cresce um amor que não se mede
nas horas tristes ou animadas,
amigo é quem sempre se atreve
a estar, a ouvir, a compreender,
sem julgar, apenas querer ser,
um porto seguro onde ancorar,
amizade, evidente saber amar
José Carlos Moutinho
22/2/2024
#Uma vontade
O poema está inserido no livro Cais da Alma (meu 1º livro publicado)
Uma vontade
Ilumina-se a Terra,
Chovem estrelas de fraternidade, O sol tem mais brilho,
É mais límpido;
O luar é mais luminoso,
Mais romântico;
As pessoas sorriem,
Cantam,
Confraternizam,
Partilham,
Acabou a fome;
Uniram-se as pessoas do globo,
Falam uma língua universal única
A do amor;
Acabaram-se as guerras,
O ar que se respira é mais puro.
Afinal, o que aconteceu,
Milagre,
sonho?
Não!
Somente a utopia de um desejo
Uma imensa vontade
De que fosse realidade
José Carlos Moutinho
In “Cais da Alma
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
# Utopia da poesia
sentar-me de frente do computador
sem ideias, sem projectos
sem qualquer imaginação…
Porém, vindo do nada,
surge o verso
aquela linha de escassas palavras
que consegue espoletar
a continuação de mais um verso
e, sem me aperceber
surge outro e outro e outro
Como o milagre
do oásis no inóspito deserto
nasce um aglomerado de palavras
num abraço de versos
embrenhados na singeleza das estrofes
Será poema,
será uma confusão de letras…
sinceramente…
não sei explicar este fenómeno
da criação de textos
Sei, todavia, com a mais pura convicção
de que escrever,
faz parte da minha essência
sem me considerar mais que alguém
não sou, absolutamente nada mais,
do que aquele que não tem o dom da escrita
Mas…estou convicto de que sou um felizardo
e isso dou como garantia,
com toda a minha humildade
de alma plena de felicidade
que suspira instantes de emoção
Estou grato aos deuses das escritas
por me terem contemplado
com este prazer meu
de criar com as palavras
ideias metamorfoseadas
em paixão, ilusão, verdade, amor
e uma infinidade de tantos sentires
que perpassam pela utopia da poesia
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
#Que será o amor?
Amor é mais do que uma palavra
é um fervoroso sentimento que nos invade
uma força que nos move
uma intensa luz que nos ilumina
é um olhar que entorpece os sentidos
Amor é mais do que um desejo
é uma escolha que nos compromete
uma entrega que nos transforma
será uma graça que nos enriquece
é o beijar que enlouquece
Amor é mais do que uma paixão
é uma profunda amizade que nos une
é alegria contagiante que anima a vida
é o calor vulcânico do abraço
na felicidade que sustenta a harmonia
José Carlos Moutinho
terça-feira, 20 de fevereiro de 2024
#𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥
Excerto do romance
𝗔 𝗙𝗢𝗥Ç𝗔 𝗗𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥..."- Senta-te ali no sofá, meu doce – diz Álvaro, com gentileza
A jovem acedeu ao pedido do anfitrião, dizendo:
- Gosto deste teu espaço, é simples, mas bonito e o lugar onde se situa é interessante. Nunca eu tinha vindo à Maia
- E tenho uma surpresa para ti. Fiz o jantar para nós os dois e esta, hem?
- Não acredito, olha que eu não quero morrer – responde a brincar, mas feliz Luísa
- Vais ter uma surpresa, nem te digo o que é, só espero que gostes
- De certeza que gosto, não há nada que eu não coma
- Ainda bem. Vamos regalar-nos com um pitéu que eu gosto muito e sei que faço muito bem. Também comprei um bom vinho para o acompanhar – gabou-se Álvaro, que se sentou no sofá ao lado de Luísa, agarrou-a pelos ombros, puxando-a a si, beijou-a profundamente. Um beijo que Luísa jurou para si, que nunca tinha recebido em toda a sua vida outro igual"...
𝗟𝗲𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗶𝘅ã𝗼 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮𝘀 𝘃𝗲𝘇𝗲𝘀 𝘀𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮 𝗲𝗺 𝗳𝗿𝘂𝘀𝘁𝗿𝗮çã𝗼.
𝗘𝗻𝘃𝗶𝗼 𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗰̧𝗼 𝗿𝗲𝗱𝘂𝘇𝗶𝗱𝗼, 𝗽𝗼𝗶𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗲́ 𝗮 𝟱ª 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
#Stock de agora...
Stock de agora...
Sempre escrevi com paixão,
será boa ou não minha escrita
dirá quem se achar com razão
mas que não faça qualquer fita
Esta foto mostra o meu stock
de 4 dos meus livros recentes
publicar livros é sentir o toque
das palavras assim tão quentes
Não os quero nesta prateleira
façam, pois, favor de os pedir
não haverá melhor maneira
para os apreciar ou desiludir
José Carlos Moutinho
#Se alguém
digam que estou por aqui
não precisam de caminhar muito
porque a distância entre mim e o abraço
é tão curta que qualquer pessoa me encontra
se porventura, tiverem alguma dificuldade
olhem o céu azul, conversem com as nuvens
e elas, certamente, dirão de mim
e se mesmo assim, não obtiverem resposta
então dirijam-se ao mar,
olhem com atenção o movimento das ondas,
observem o dourado das areias da praia…
olhem em vosso redor,
sem pressas nem nervosismos,
concentrem-se no reflexo do sol
sobre o dorso do mar
e, certamente, poderão contemplar
a miragem dos meus sonhos…
é lá, na falésia do tempo,
que me encontrarão a escrever
sobre abraço, céu, nuvens, mar, e areias…
este poema…com que, agora, vos agracio
José Carlos Moutinho
19/2/2024
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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