sexta-feira, 31 de maio de 2024

#ÁFRICA MINHA

#África minha

 Acredito que nas minhas veias
corre sangue quente, tropical
saudade sem quaisquer peias
oferece-me miragem musical

Talvez, quem sabe, por lá vivi,
em qualquer outra encarnação
digo somente que sempre senti,
por África uma grande emoção

Continente imenso de tanta cor
costumes e sons maravilhosos
o pôr do sol é pintado de fulgor
caminhos de terra esplendorosos
 

Continente de tantos contrastes
miséria confunde-se com fartura
carência que sobrevive com artes
numa eterna luta, que dura, dura

Ai, África minha de tanta saudade
foste minha casa colorida de vida
em Angola aprendi a ser verdade
com simplicidade de uma cantiga 

José Carlos Moutinho
Portugal
24/5/2024



segunda-feira, 27 de maio de 2024

# Riam, faz bem aos músculos do rosto

Um dia o silêncio encontrou o murmúrio
e perguntou-lhe a razão de falar baixinho
para iludir o murmúrio vestiu-se de espúrio
respondendo que assim mostrava carinho

O silêncio, claramente, não se convenceu
da resposta daquele murmúrio mentiroso
virando-lhe as costas chamou-lhe fariseu
e aconchegou-se no seu silêncio gostoso

Eu que estou em silêncio sem murmurar
deu-me para estas quadrinhas engendrar
não gostando fiquem em silêncio também
murmurem ou gritem chamem por alguém

José Carlos Moutinho
27/5/2024

#Depois…

Pelos braços das ilusões
voa-se por espaços desconhecidos,
por mares jamais navegados
e por caminhos intransponíveis, aos comuns mortais

Na suavidade dos seus braços,
as ilusões, por vezes vestidas de utopias,
murmuram brisas silenciosas
aos ouvidos adormecidos do sonho!
Ah, mas como é maravilhoso viajar assim,
pela serenidade etérea,
inventando mundos, mares e céus,
cavalgando imagens aladas,
criando mundos de fantasia…
 
Porém…
quando a mente desperta,
a realidade é diferente
porque se dissipam as ilusões,
com a mesma celeridade
que a areia escapa por entre dedos!
 
Depois…
esmorecem os voos,
anulam-se os mares,
obscurecem os céus,
imagens aladas deixam de cavalgar
e as brisas
fazem-se agitados ventos,
e se a felicidade se ausenta
a tempestade desencadeia inquietude!
 
José Carlos Moutinho
Portugal 
26/5/2024

domingo, 26 de maio de 2024

#DEPOIS...


 

#Meu Lugar, Meu Mundo

 

Nas asas do vento, eu voo,
em busca do meu lugar, do meu mundo,
onde o sol beije a terra e a lua sorria…
lá, onde os sonhos se tornem realidade.
 
Meu lugar é um abraço apertado,
onde o tempo se perde e a alma se encontra.
É o cheiro da terra molhada após a chuva,
o sussurro das folhas nas altivas árvores.
 
Meu mundo é feito de risos e lágrimas,
de histórias contadas ao redor da fogueira.
 
É o calor do amor e a força da amizade,
a dança das estrelas no céu nocturno.
 
No meu lugar, as montanhas tocam o céu,
e os rios cantam canções antigas.
 
Meu mundo é vasto e infinito,
um imenso oceano de possibilidades.
 
Então, eu continuo a voar,
com as asas do vento a impulsionar-me,
em busca do meu lugar, do meu mundo,
onde a vida floresça e os sonhos se realizem
 
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Maio/2024

sexta-feira, 24 de maio de 2024

# 𝓥𝓮𝓻𝓼𝓸𝓼 𝓪𝓸 𝓪𝓬𝓪𝓼𝓸

𝓠𝓾𝓲𝓶𝓮𝓻𝓪𝓼 𝓼ã𝓸 𝓲𝓵𝓾𝓼õ𝓮𝓼 𝓼𝓮𝓷𝓽𝓲𝓭𝓪𝓼
𝓹𝓸𝓻 𝓬𝓸𝓻𝓪çõ𝓮𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓲𝓭𝓸𝓼 𝓸𝓾 𝓪𝓾𝓼𝓮𝓷𝓽𝓮𝓼
𝓪 𝓿𝓲𝓭𝓪 é 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓪 𝓭𝓮 𝓼𝓲𝓽𝓾𝓪çõ𝓮𝓼 𝓿𝓲𝓿𝓲𝓭𝓪𝓼
𝓺𝓾𝓮 𝓷𝓪 𝓯𝓮𝓵𝓲𝓬𝓲𝓭𝓪𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓽ã𝓸 𝓹𝓻𝓮𝓼𝓮𝓷𝓽𝓮𝓼

𝓢𝓮𝓷𝓽𝓲𝓻, 𝓹𝓸𝓻é𝓶, 𝓸 𝓪𝓫𝓻𝓪ç𝓸 𝓭𝓪 𝓾𝓽𝓸𝓹𝓲𝓪
é 𝓪𝓬𝓸𝓷𝓬𝓱𝓮𝓰𝓸 à 𝓪𝓵𝓶𝓪 𝓮𝓷𝓽𝓻𝓲𝓼𝓽𝓮𝓬𝓲𝓭𝓪
𝓷ã𝓸 𝓯𝓪𝔃 𝓶𝓪𝓵 𝓪𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓭𝓪 𝓯𝓪𝓷𝓽𝓪𝓼𝓲𝓪
𝓿𝓲𝓿𝓪-𝓼𝓮, 𝓹𝓸𝓲𝓼, 𝓷𝓸 𝓼𝓸𝓷𝓱𝓸 𝓮 𝓷𝓪 𝓹𝓸𝓮𝓼𝓲𝓪.

𝓙𝓸𝓼é 𝓒𝓪𝓻𝓵𝓸𝓼 𝓜𝓸𝓾𝓽𝓲𝓷𝓱𝓸
𝟐𝟒/𝟓/𝟐𝟎𝟐𝟒

quinta-feira, 23 de maio de 2024

#Orvalho da Esperança

 

Sobre a pele, o orvalho desenha 
um quadro de gotas, brilho da manhã, 
cada uma, uma pérola pequena 
na tela do rosto, em arte sã 
 
Desperta a alma, com sua leveza, 
em cada gotícula, um novo começo, 
a natureza fala, com pura beleza, 
no orvalho, um abraço, eterno apreço
 
O sol surge, e as gotas reluzem, 
como diamantes, na luz do amanhecer, 
e assim, os sonhos, nos conduzem, 
por caminhos de orvalho, prontos a florescer 
 
O orvalho no rosto, lágrimas de alegria, 
da vida, o ciclo, em constante renovação, 
cada manhã traz sua própria magia, 
no orvalho, a esperança, e a inspiração
 

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 22 de maio de 2024

#ABRAÇO

ABRAÇO, palavra que rima com fracasso
nos caminhos onde estão sentimentos,
poderá ser muito longo ou até escasso
sentir real quando se veste fingimentos

E quando dois corpos se aconchegam
numa comunhão de prazer e/ou amor
poderá até ser o que amizades alegam
que ABRAÇO acontece com todo vigor
 

ABRAÇO esconde, por vezes desnuda
a emoção da hipocrisia ou da verdade
se o tal calor sentido jamais se gruda
no apertar com toque de cumplicidade

José Carlos Moutinho
22/5/2024


segunda-feira, 20 de maio de 2024

#Harmonia de vida

 

Na trama da vida, filosofia serena
Harmonia dança, leve e amena
Sentimentos brotam em rios, em fontes
Amizade floresce, nos vales e nos montes
 
A Natureza sussurra, pelo vento ou brisa
Em simbiose de paz, a alma se eterniza
 
Felicidade desabrocha, em cada gesto, cada olhar
Abraço da vida, onde há tempo para se amar
 
Entre folhas e sonhos, a amizade se tece
No tecido do tempo, amor jamais se esquece
 
A harmonia da vida, em cada passo, cada trilha
É o canto da terra, é a mais pura partilha
 
Sentimentos como rios, correm para o mar
Na filosofia da existência, aprendemos a navegar
 
Com a natureza por guia, e a amizade por perto
Encontramos a paz, desejo de um porto certo
 
Assim caminhamos, com a felicidade por bandeira
Na jornada da vida, a amizade é companheira
É na grande sinfonia, que o universo compõe
Na simplicidade que a verdadeira paz se impõe
 
José Carlos Moutinho 
Portugal



domingo, 19 de maio de 2024

#REDES SOCIAIS Conto

#Suspirar

Neste suspirar do dia a dia
e porque a vida é fantástica
fiz esta quadra sem mestria
em jeito de simples ginástica

Após aquela,(quadra) respirei fundo

fiz mais esta só porque quis
não foi um sentir profundo
foi, porém, pintado a verniz

José Carlos Moutinho
Maio/2024

#Recordando

𝗠𝘂𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝘀ã𝗼 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗱𝗲𝘀𝗱𝗲 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝟭𝟵𝟳𝟱, 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲𝗶𝘅á𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘁𝗿á𝘀, 𝗼 𝗹𝗼𝗰𝗮𝗹 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗲/𝗼𝘂 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗻𝗮𝘀𝗰𝗲𝗺𝗼𝘀, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗼𝘀 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗻𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝘀𝘂𝗮𝘀 𝗴𝗮𝗻â𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 𝗲 𝗮𝗺𝗯𝗶çõ𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺 𝗱𝗲𝘁𝗲𝗿𝗺𝗶𝗻𝗮𝗿𝗮𝗺.

𝗧𝗼𝗱𝗮𝘃𝗶𝗮, 𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗶𝗺𝗼𝘀 𝗻ó𝘀, 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝘂𝗱𝗲𝗿𝗮𝗺 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗿 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝗽𝗮𝗽𝗲𝗹 𝗱𝗼𝘀 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀, 𝗮𝘀 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗹á 𝗳𝗼𝗿𝗮𝗺 𝘃𝗶𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀, 𝗰𝗼𝗺 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲𝘇𝗮𝘀 𝗲 𝗮𝗹𝗲𝗴𝗿𝗶𝗮𝘀, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗮𝗹𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼 𝗹𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲, 𝘁𝗮𝗺𝗯é𝗺, 𝗵𝗮𝘃𝗶𝗮 𝘂𝗺 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗼 𝗺𝗶𝘀𝘁𝗶𝗰𝗶𝘀𝗺𝗼, 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗮𝘃𝗮 𝗮 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇𝗲𝘀. 𝗩𝗶𝘃í𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗻𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝘂𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗳𝗲𝗹𝗶𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗻ó𝘀, 𝘀𝗶𝗺𝗽𝗹𝗲𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗮𝗶𝘀, 𝗮𝗯𝘀𝗼𝗿𝘃í𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗶𝗺𝗲𝗻𝘀𝗼 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿,vive𝗻𝗱𝗼.
𝗡𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝗰𝗮𝘀𝗼, 𝗳𝗮𝗹𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝘀𝗮𝘂𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗻𝗴𝗼𝗹𝗮.
𝗡ã𝗼, 𝗻ã𝗼 𝘀𝗼𝘂 𝗺𝗮𝘀𝗼𝗾𝘂𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗻𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗹𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿 𝗻𝗮 𝘁𝗼𝗿𝘁𝘂𝗿𝗮, 𝗺𝗮𝘀 𝘀𝗼𝘂, com 𝘁𝗼𝗱𝗮 𝗮 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗲𝘇𝗮 𝘂𝗺 𝘀𝗮𝘂𝗱𝗼𝘀𝗶𝘀𝘁𝗮 𝘀𝗮𝘂𝗱á𝘃𝗲𝗹, 𝗲 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗿𝗱𝗮𝗿 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼𝘀, imens𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗹𝗲𝗴𝗿𝗶𝗮, 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗶𝘃𝗶 𝗻𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀 𝘁𝗿𝗼𝗽𝗶𝗰𝗮𝗶𝘀.
𝗘𝘀𝘁𝗮 é 𝗮 𝗿𝗮𝘇ã𝗼 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗶 𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼𝘀. 𝗦𝗶𝗺𝗽𝗹𝗲𝘀, 𝘀𝗲𝗺 𝗳𝗮𝗰𝗰𝗶𝗼𝘀𝗶𝘀𝗺𝗼𝘀, 𝗻𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲𝗻cias 𝗽𝗼𝗹í𝘁𝗶𝗰𝗮𝘀, 𝗺𝗮𝘀 sim, 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗻ó𝘀, 𝗳𝗼𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗿𝗼𝘁𝗮𝗴𝗼𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇𝗲𝘀!

𝗝𝗼𝘀é 𝗖𝗮𝗿𝗹𝗼𝘀 𝗠𝗼𝘂𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼



sexta-feira, 17 de maio de 2024

#O QUE TERIA ACONTECIDO

 O QUE TERIA ACONTECIDO
José Carlos Moutinho
Portugal.

Um certo dia falei com a lua
perguntei-lhe pelas estrelas
ela numa serenidade crua
respondeu estarem às janelas

Pode parecer conversa à toa
mas a verdade é a lua fala
aconteceu, vinha eu de Lisboa
e quando transpunha uma vala…
ouvi uma voz que vinha do alto
que dizia: vê lá se não tropeças
assustei-me parecia um assalto
parei, pois claro, para pedir meças

Afinal não era o susto, mas a lua
que me falava daquela maneira
a pensar fiquei ali no meio da rua
para comprovar se era brincadeira

Olhei pro céu que me pareceu rir
certamente a chamar-me louco
era meu direito tentar descobrir
o que de mim, assim fazia pouco

Pensativo, deixei-me entristecer
aquele fenómeno tão estranho
não era coisa para me acontecer
ainda mais vindo de céu tamanho

E lá fui eu, estrada fora para casa
intrigado com o que havia sucedido
deixei-me levar num golpe de asa
a pensar que tinha enlouquecido

#ANTOLOGIA DE GRANDES POETAS IBEROAMERICANOS

 Com imensa satisfação estou inserido nesta magnifica Antologia realizada por Juana Capdevila, para o GRUPO GRANDES POETAS IBEROAMERICANOS.

Para a lerem, por favor cliquem neste link:

https://heyzine.com/flip-book/6ebdf0394c.html




quinta-feira, 16 de maio de 2024

#OS MEUS TRÊS ROMANCES


 

#Fui a Lisboa

 

Certo dia eu fui a Lisboa,
para conversar com o Tejo,
passei por Alfama e Madragoa
só para matar meu desejo

Pertinho da torre de Belém
extasiei-me a contemplar o rio,
e obviamente como convém
admirei o que Deus esculpiu
 
As águas corriam rapidamente
ansiosas por estar com o mar,
ainda lhes falei assim de repente
fiquem aqui comigo, até tardar
 
O Tejo imponente e indiferente
nem uma palavra me respondeu,
entristeceu-me aquela torrente
que sequer ao meu olhar cedeu

Já entardecia, quando de lá saí
para variar passei pelos pastéis
de Belém, claro, ficavam logo ali
apesar das calorias serem cruéis 

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 15 de maio de 2024

#Trocas-me as voltas

 

Sei lá porque me trocas as voltas
e me confundes no mais íntimo do meu sentir,
ó tempo!?
 
Tantas vezes te disse que me passes ao lado,
mas tu insistes…
insistes nessa teimosia obstinada de te manteres colado a mim
 
Procura outro alguém que do tempo não faça caso,
ou algo que pouco se importe contigo,
mas, por favor, aquieta-te um pouco mais em relação à minha pessoa
 
Reparaste, certamente, que o meu tempo está a passar veloz
por isso é que eu te peço mais paciência,
a ti, tempo do tempo intemporal
 
Obviamente, que estas palavras
não passam de monólogo inquieto
que irá esbarrar, inexorável, na tua indiferença…
 
Também te confesso, que já me é indiferente
sentir essa tua displicência para comigo,
 
e sabes porquê?
 
Vou contar-te, mas só a ti, espero que não divulgues:
o meu tempo vivido é tão agradavelmente longo,
que, qualquer outro tempo, que tu, ó tempo me concedas
considero, simplesmente, mais valia…
 
Assim, tempo que passas célere,
lembra-me desta conversa e…
embora eu esteja satisfeito com o meu tempo,
passa mais devagarinho…
já agora!
 
Obrigado, tempo amigo!
 
José Carlos Moutinho 
Maio/2024

terça-feira, 14 de maio de 2024

#LOUCURAS

# 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐳:

𝐃𝐢𝐳𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐨𝐬 𝐡𝐞𝐫𝐨́𝐢𝐬 𝐬𝐚̃𝐨 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐝𝐨!
𝐄 𝐞𝐮, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐡𝐞𝐫𝐨́𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐣𝐚́ 𝐟𝐮𝐢, 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐢𝐫𝐦𝐨 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐦𝐚́𝐱𝐢𝐦𝐚, 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞𝐯𝐢𝐯𝐢, 𝐢𝐧𝐜𝐨́𝐥𝐮𝐦𝐞, 𝐚 𝐮𝐦 𝐚𝐬𝐬𝐚𝐥𝐭𝐨 𝐚̀ 𝐦𝐚̃𝐨 𝐚𝐫𝐦𝐚𝐝𝐚, 𝐩𝐞𝐫𝐩𝐞𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝟑 𝐞𝐧𝐞𝐫𝐠𝐮́𝐦𝐞𝐧𝐨𝐬, 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨, 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐭𝐚𝐥 𝐚𝐦𝐞𝐚𝐜̧𝐚, 𝐞 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐚𝐫𝐫𝐨, 𝐜𝐨𝐦 𝐨𝐬 𝐛𝐚𝐧𝐝𝐢𝐝𝐨𝐬, 𝐣𝐚𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐦𝐞 𝐜𝐚𝐥𝐞𝐢.
𝐃𝐢𝐫𝐚̃𝐨: 𝐓𝐢𝐯𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞!
𝐃𝐢𝐠𝐨 𝐞𝐮: 𝐌𝐮𝐢𝐭𝐚 𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞!!! 𝐎𝐮 𝐭𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐧𝐚̃𝐨, 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐝𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐫𝐚 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝟗 𝐝𝐞 𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟕𝟔!

#Uma das muitas maravilhas

Acordo com o chilrear dos pássaros, que, empoleirados nas árvores, em frente da casa, 
me contemplam diariamente com o seu trinado melodioso.
É uma demonstração explícita da beleza desta natureza onde estamos inseridos.
A música das aves, escondidas entre os ramos, são prova de que a vida é, também, 
feita de música, prazer e amor.
A presença diária daqueles pequenos seres alados, são uma prova de amor pela vida
e pelo meio onde vivem.
Ouvi-los é VIVER.
 
DOU GRAÇAS À VIDA!! 
2024

#Loucuras

 

Pudesse eu cortar as asas do tempo
obrigando-o a descer à terra,
evitando assim, o seu alucinado voo
para, mais lentamente comigo caminhar…

mas este meu anseio
é tão improvável
como o tempo ter asas,
porque, inexoravelmente, ele voa sem elas,

todavia...
os desejos são livres de voarem por aí,
pelo ar, pelo tempo, pela utopia
pelo pensamento, ou até pelo suspirar
de que conseguimos controlar esse tempo!
 
Confesso, aqui nestas singelas palavras
arrumadas em versos desarrumados
que gostaria…
só porque gostaria…
de sentir esse gostinho
de fazer com que o tempo
ficasse submetido à minha vontade,
só por algum tempo…
 
chamem-me o que quiserem,
desde que eu não escute
a vossa crítica negativa…
 
digam que sou louco,
visionário ou sonhador,
porque tudo que disserem,
a mim pouco importa
pois tenho a certeza de que…
 
se eu não consigo parar o tempo,
os que lerem estas palavras loucas
jamais o conseguirão, também.
 
José Carlos Moutinho
5/5/2024 
Portugal



segunda-feira, 13 de maio de 2024

#Palavras sempre amigas

 

Muito dizem as palavras caladas
quando se avizinha a tempestade
na bonança as palavras magoadas
libertam-se em busca da verdade

Palavras aconchegadas em amor,
voam nos braços da serenidade
como pétalas que adejam da flor,
em voos coloridos de felicidade,

Ai, palavras fieis companheiras
que a mim, sorrindo se abraçam
e numa amena conversa caseira
esqueço que as horas até passam

E foi com a amizade das palavras
que comigo se dispõem colaborar
que construí estas quadras caladas
pintadas nestes versos de acalmar

José Carlos Moutinho
13/5/2024

quinta-feira, 9 de maio de 2024

#Perfumes e sentires

 

Nas tardes mansas do musseque
caminhei livre de pés descalços,
pode pensar-se ser um frete
não... foi modo de enganar percalços

Os odores fortes de caju e manga
penetram os meus sentires profundos,
pode pensar-se ser uma tanga
não...são vivências de outros mundos

Eis que me deparo com uma cacimba

em pleno caminho de pó vermelho,
pode pensar-se ter forma de muxima
não…é alma d´África que assemelho
 
E naquele entardecer, quanta beleza
deixei-me levar pelo deslumbramento,
pode pensar-se ser uma gentileza
não…é o meu mais puro sentimento
 
E assim alimentei o meu coração
recordando meu viver de outrora,
pode pensar-se ser simples emoção
não…é a Luanda que lembro agora
 
José Carlos Moutinho 
Abril/2024

quarta-feira, 8 de maio de 2024

# CALA-TE

Cala-te ó voz agoirenta
que te colas ao vento que passa
já ninguém te aguenta
com a tua mente de potassa

Que venham vozes de alegria

ao colo da doce brisa
a quem eu dedico esta poesia,
carinho que nestes versos desliza

José Carlos Moutinho
8/5/2024

#A vida é simplesmente maravilhosa

 

Quando na infinitude do Universo,
o sentir da realidade se faz opaco
e a verdade é distorcida pela demagogia,
mal vai a vivência neste imaginado paraíso terrestre!
 
Comportamentos confusos e estranhos,
fenómenos, quiçá, deste novo tempo
transformam tudo e quase todos,
daqueles que se pensam grandes,
mas que, efectiva e paradoxalmente, são pequenos!
 
É uma luta constante
que se nos depara a cada dia
deste viver terreno,
mas que devemos vencer,
porque é essa a condição da humanidade:
vencer sempre!
 
Todavia, por muita resiliência que tenhamos,
os obstáculos, por vezes, tornam-se quase intransponíveis,
obrigando-nos a uma resistência quase heroica!
 
Felizmente, porém, a força misteriosa, ou não,
que nos move,
insiste em conservarmo-nos no caminho do futuro,
dando-nos a coragem, que tantas vezes,
se ausenta de nossa vontade…
 
Mas porque a vida, na verdadeira acepção da palavra,
é simplesmente maravilhosa…
e, se contemplarmos a beleza que nos envolve,
e a nobreza da natureza,
devemos constatar, com emotiva resignação,
de que nós, seres humanos,
somos nada!
 
José Carlos Moutinho 
7/5/2024



terça-feira, 7 de maio de 2024

#A VIDA É SIMPLESMENTE MARAVILHOSA

#Honra ao poeta

 

Num palco de estrelas, um poeta é coroado,
sob o manto da noite, seu talento aclamado.
 
Versos que voaram, além do papel pousaram,
no coração do mundo, eternamente moraram.
 
É a voz do silêncio, em palavras dançando,
é o sussurro do vento, em rimas ecoando.
 
Cada letra, um universo; cada estrofe, um mar,
navegamos em sua tinta, sem nunca ancorar.
 
Hoje, as musas se reúnem, em festa e harmonia,
celebrando o artesão das palavras, poesia.
 
Por entre aplausos e rosas, a caneta é sua espada,
cortando a cortina do tempo, sua obra imortalizada.
 
Honra ao poeta, cuja alma ao mundo entregou,
em cada linha, um pedaço de si mesmo deixou.
 
Que este tributo seja o eco de sua voz,
e que sua arte viva em nós, eterna e veloz.
 
José Carlos Moutinho
Abril/2024 
Portugal

segunda-feira, 6 de maio de 2024

# As pedras gastas e a fonte

Pelo caminho de pedras gastas
chegava-se à fonte dos amores
onde namoravam meninas castas
sempre ornamentadas por flores

Aquelas pedras brilhavam ao luar

num romantismo de muita ilusão
na fonte corria o desejo de amar
a água cristalina esfriava a paixão

Foi naquele dia, que a fonte visitei
porque antes, juro jamais lá estive
confesso que realmente eu gostei
das estórias contadas que lá obtive

Não deixo de dizer quão belo seria
vivesse eu os momentos de amor
que imensa gente por lá, me dizia
quando da fonte falavam com ardor

José Carlos Moutinho
6/5/2024
Portugal.

domingo, 5 de maio de 2024

#Até sempre, D. Ana, minha doce mãe

Olá, mãe,
deves saber que aqui na terra,
hoje, é o Dia da Mãe...

Acho uma enorme injustiça!!


Para mim, minha querida mãe
todos os dias são teus
no meu pensamento e no meu coração!
Mas, como também deves saber,
estes dias marcados para determinadas situações
são coisas desta humanidade
que já nem sabe o que inventar.

Tenho, porém, a convicção
de que são datas com algum interesse económico
e também, que não passarão de demagogias
talvez, para que alguns se redimam
de algo menos simpático para com suas mães…

Eu, confesso, minha querida mãe,
que deveria ter sido muito mais carinhoso
para contigo…
porque tu, minha doce velhinha
sempre foste tão querida
tão carinhosa,
sempre com tanto amor para me dar
nos teus braços eternamente oferecidos
ao meu aconchego!

Ai, que saudades tenho de ti, minha mãe…

quanto mais eu avanço no tempo,
mais sinto que estamos perto do nosso encontro etéreo,

será então o ensejo em que também eu, me redimirei
dos momentos que não tive os teus abraços
preferindo outros espaços…

sei que sempre me compreendeste
e me perdoavas,
como o fazes, agora, neste preciso instante
em que te dedico estas palavras,
porque sei que sentes, que a minha alma
te Tem em si!

Até sempre, D.Ana, minha doce mãe.

José Carlos Moutinho
5/5/2024



Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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